sexta-feira, 9 de junho de 2017

gramas...

qual seria o peso da minh'alma? Sexta.

| ao som de 'saudades do mundo' - Ortinho, faixa 02 do álbum 'Heroi Trancado' |

quarta-feira, 7 de junho de 2017

cabe mais...

compre um carro, cole novos papéis no mural, abasteça a geladeira... Tem os novos riscados também, mas o sábado me fez acreditar que não tá adiantando nada. Me colocou no chão de novo, deitado nele, como deve ser mesmo. Sem Salipi, sem Pedro II, sem expectativa de nada com coisa nenhuma. Mas com muita, muita vergonha e raiva, isso sempre me sobra.

| ao som de 'baião de dois' - Titãs, faixa 08 do álbum 'Nheengatu - Ao Vivo' |

sábado, 3 de junho de 2017

elementar...

quando alguém olha pro meu carrinho de compras no supermercado ela tem, de cara, duas certezas: que eu moro sozinho e que eu não sei cozinhar porra nenhuma.

| ao som de 'come together' - The Beatles, faixa 01 do álbum 'Abbey Road' |

sexta-feira, 2 de junho de 2017

dê o (re)play...

sobre os 'precisos' anteriormente citados, o único que me cabia pagar para adquiri-los está sendo feito. Braços riscados. Longe de bastar, mas enfim. E chegou ela de novo, a sexta.

| ao som de 'vacilão' - Fióti, faixa 04 do álbum 'Gente Bonita' |

segunda-feira, 29 de maio de 2017

noticiário...

quando a busca pelo seu nome no google termina caindo, de cara, no site do JusBrasil... é foda, mesmo sendo parte requerente no processo isso indica que em algum momento sua vida desandou. E disso eu entendo.

| ao som de 'black' - Pearl Jam, faixa 05 do álbum 'Pearl Jam - MTV Unplugged' |

domingo, 28 de maio de 2017

transpasse...

respiração ofegante; domingo acabando...

| ao som de 'baú' - Vanessa da Mata, faixa 03 do álbum 'Sim' |

sexta-feira, 26 de maio de 2017

shuffle...

sexta; de novo.

| ao som de 'culto de amor' - Edgard Scandurra, faixa 07 do álbum 'Edgard Scandurra - Ao Vivo' |

quinta-feira, 25 de maio de 2017

teoria relativa...

eu não consegui colocar em prática o que eu achava que tinha aprendido nas músicas.

| ao som de 'dream on' - Aerosmith, faixa 03 do álbum 'Aerosmith' |

terça-feira, 23 de maio de 2017

nada para dividir, tudo para remoer...

aquilo que, em algum momento da vida, ouvimos falar sobre o quão deve ser legal morar sozinho, não é bem verdade. Até talvez o seja, pra quem têm muitos amigos, ou pra quem não pegou sua vida, amassou e jogou na lata do lixo. De quantas formas diferentes eu ainda vou conseguir escrever aqui que fodi com tudo?

| ao som de 'tudo ou nada' - Zélia Duncan, faixa 08 do álbum 'Pré Pós Tudo Bossa Band' |

24 horas...

noite virada, fazia semanas já sem isso. Mas não vou tomar a porra do Patz de novo, venho pra merda do trabalho parecendo um zumbi, mas não vou tomar mais remédio nenhum, vamos esperar o corpo dar sinal agora, quem sabe que nem fez uma veia do poeta.

| ao som de 'amplidão' - Guizado, faixa 01 do álbum 'Calavera' |

segunda-feira, 22 de maio de 2017

conjuntiva bulbar...

entre no banheiro e ligue o chuveiro. Sente-se, encostado na parede, debaixo dele. Espere até não saber distinguir qual é a água que cai de cima e qual escorre naturalmente pelo rosto. Dia do abraço, solidão me aperta forte.

| ao som de 'como dizia o mestre' - Fernanda Takai, faixa 03 do álbum 'Na Medida do Impossível' |

eterno retorno...

levanto. Vou pro trabalho. Volto pra casa. Passo a noite. Levanto. Vou pro trabalho, volto pra casa, passo a noite e levanto. Finais de semana eu bebo bastante. Aí eu levanto na segunda. Vou pro trabalho, volto pra casa e sigo virando as noites. A luz vermelha raramente acende. Bebo, foda-se que dia da semana seja. Não acontece nada, mas tem a pensão pra pagar. Então eu levanto e vou trabalhar de novo. E volto pra casa mais uma vez. Valeu pelo vídeo, Luana.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

cadê o botão pra descer?

o Temer se fodeu (por tabela o país) e o Chris Cornell morreu. Tá tudo errado, tudo...

| ao som de 'like a stone' - Audioslave, faixa 05 do álbum 'Audioslave' |

terça-feira, 16 de maio de 2017

como diria Kiko Dinucci...

teve o dia das mães e têm as cadeiras vazias ao meu lado; têm as noites mal dormidas e teve aquele papo longo com a Amy no domingo; teve música da Céu me vertendo em lágrimas numa madrugada dessas e hoje tem o aniversário da minha irmã; 'no dia 16 de maio...'

| ao som de 'a gente se fode bem pra caramba' - Kiko Dinucci, faixa 15 do álbum 'Cortes Curtos' |

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Paulo...

uma das maiores frustrações/decepções que carrego comigo de uns tempos pra cá é passar em frente ao Caneleiro e simplesmente não conseguir parar lá, sentar, beber lá. É se sentir completamente um bosta, incapaz, fraco mesmo. Quantos momentos bons ali, quanta gente boa envolvida, e hoje apenas passar por aquela placa deixa meus olhos totalmente carregados. Falhei feio.

cabra bom...

tem um artista paraibano chamado 'Totonho e os Cabra'; já o conheço faz bom tempo, gosto de uma música aqui, outra acolá... Não sou dos maiores admiradores. Mas o fato é que descobri que, recentemente, ele tava fazendo um show intitulado 'canções para macho chorar e roer unhas'. Queria só registrar mesmo, porque me identifiquei. Apenas repetindo: 'canções para macho chorar e roer unhas'. Era isso.

| ao som de 'na hora do almoço' - Belchior, faixa 09 do álbum 'Mote e Glosa' |

comprar no kilo...

de abraço, tatuagem, conversar sobre música, encontrar sentido em algo, dormir mais de 5 horas numa noite, sorrir (já fiz isso um dia, eu lembro), conformar com o Belchior... São 'precisos'.

| ao som de 'sinnerman' - Nina Simone, faixa 09 do álbum 'Pastel Blues' |

segunda-feira, 8 de maio de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas [ 7 ] ...

1 - provável que a próxima conta de água venha bem mais caro; tem sido uma espécie de terapia ficar sentado por longos minutos debaixo do chuveiro;
2 - se meu trabalho fosse uma banda, seria os Titãs: todo dia sai um. Na verdade, 'é saído' sem muita opção de escolha;
3 - o 'Baile Pernambucano', do Sambê, foi uma grata surpresa, mesmo levando em conta que tudo que remete a Recife me machuca um pouco mais;
4 - Club Social e misto, misto e Club Social: limites...
5 - as 3 postagens de hoje refletem, em certo grau, a inquietude da noite que passou e ainda se estendem por mim.

| ao som de 'bicho maluco beleza' - Sambê, faixa 01 do álbum 'Baile Pernambucano' |

aorta...

eu fico ouvindo e 'reouvindo' as coisas do Belchior, e agora é tudo carregado de mais dor, de mais sofrimento e de mais poesia ao mesmo tempo. A admiração, essa não mudou nem aumentou, ela apenas permanece. Mas ainda é muito estranho.

| ao som de 'tudo outra vez' - Belchior, faixa 09 do álbum 'Um Concerto a Palo Seco' |

voltou...

depois de mais de 2 semanas limpo, ontem (hoje) por volta das 02:30 eu me rendi ao Patz. Ela, minha mãe, a Manuela, o emprego, o amanhã... Ficou tudo girando sem parar. Que merda.

| ao som de 'hora da decisão' - Criolo, faixa 09 do álbum 'Espiral de Ilusão' |

domingo, 7 de maio de 2017

prazo adiado...

eu poderia editar na própria postagem anterior, corrigir ou apagar. Achei melhor não. O fato é que eu ando tão aéreo que achava que hoje era o dia das mães. Errei por uma semana. Fim de noite, domingo acabando, e a roda vai girar tudo de novo...

| ao som de 'baculejo' - Raimundos, faixa 16 do álbum 'Acústico' |

sexta-feira, 5 de maio de 2017

não vai ter aquele café...

é, mãe... e eu, que tanto critiquei, hoje me vejo pior do que meu irmão, que tanto falei mal quando ele sumia daí, conforme você mesma disse ontem ao telefone. Bem, é sexta. Hora de ir pra 'casa'. Vai começar tudo de novo, com o agravante que esse domingo, em especial, vai ser bem mais difícil. Queria lhe presentear devolvendo aquele filho caçula lá de trás; não vai dar.

| ao som de 'de maré' - Fino Coletivo, faixa 03 do álbum 'Massagueira' |

quarta-feira, 3 de maio de 2017

por que não quero ser amigo da minha ex...

porque eu a amo, e não queria ser somente seu amigo. Apenas.

| ao som de 'pra onde devo ir' - Vanguart, faixa 09 do álbum 'Muito Mais que o Amor' |

terça-feira, 2 de maio de 2017

não vou viver satisfeito essa comédia humana...

era sábado por volta de 13hs, tinha acabado de sair da entrevista de emprego mais distante que eu já havia feito. E saí de lá um pouco aborrecido sim, frustrado por perceber que não ia ser em Jeri que eu me esconderia do mundo e dos meus problemas. Fui beber. Já era final de tarde quando o cara que estava fazendo o voz e violão no bar resolveu tocar 'contra o tempo', do Vander Lee. Mesmo com o clima bem fechado e ainda chuvoso eu permanecia de óculos escuros. E isso me ajudou a disfarçar o quanto eu solucei quando ouvi aquilo. E chorei tanto pela música em si, quanto pela saudade gritando dela, como por todo o contexto de estar ali, sozinho, bebendo em frente ao mar naquela cidade que a gente tanto cogitou conhecer juntos. Passadas mais umas duas músicas o cara foi e resolveu tocar 'apenas um rapaz latino americano'. Logicamente a essas alturas o cantor/tocador já tinha subido muito no meu conceito pelo repertório em si, que entre outras incluía Alceu, Zé Ramalho, Caetano Veloso e etc. Virada a noite, no domingo pela manhã me encontrava no mesmo bar, quase que sentado no mesmo local. Eu conversava com a Luana pelo whats sobre aluguel de casa em Barra Grande, local comum onde pensamos - cada um com seus motivos e problemas - em se esconder. Do nada ela me diz o que aconteceu. De cara, pensei que fosse uma informação errada, algum desses boatos de internet. A Luana me dizia de um lado que tava se acabando de chorar, e eu do outro, pesquisando e querendo não encontrar confirmação daquilo. Mas bem, era fato. Pouco mais de uma hora depois, ainda digerindo aquilo, comentei com a Luana: teve duas mortes de não familiares que mexeram muito comigo. Uma, foi o Senna, em 94, quando eu tinha apenas 10 anos. A outra foi o Bussunda, durante a copa de 98. Quando o Renato Russo morreu eu ainda não tinha a ideia do tamanho da importância que ele viria a ter pra mim. O mesmo digo de Chico Science. Sei que quando tava ali, conversando sobre valores, localização da casa e outros detalhes e a Luana foi e me atravessou com aquilo, eu revivi a mesma sensação do Senna e do Bussunda. E foi horrível. Na noite anterior eu já pensava algo do tipo 'nunca mais eu piso em Jeri', e eu tinha acabado de ganhar mais um grande motivo pra isso, já que associar aquele local com a morte do poeta seria inevitável. Pra completar, tinha um pessoal sentado em frente a minha mesa, e um deles comentou sobre o ocorrido. Um cara que devia ter mais ou menos a minha idade riu e disse mal saber quem era. Me deu vontade de esmurrar ele, de jogar ele no mar e pedir que não voltasse. Mas nem Iemanjá mereceria oferenda de tamanho mal gosto. Permaneci ali. Sozinho. Bebendo. Querendo entender a tal artéria aorta, o por que dela se romper assim, sem motivo aparente. Esse negócio de viver realmente é um mistério. Já na segunda, dia de voltar, uma das coisas que mais ficava repetindo na minha cabeça era 'fui com ele vivo e volto com ele morto'. Eu que tinha criado uma página no face havia pouco mais de uma semana, e a foto do perfil era dele. Enfim, Ainda tá tudo meio nublado, o próprio texto talvez esteja meio confuso, mesmo eu tendo me segurado pra não escrever logo no domingo, ter deixado a poeira baixar um pouco. Voltei pra Teresina. Pro lugar que moro, onde habitam comigo, além da Amy, todos os medos e frustrações. Minha mãe havia deixado janta pra mim na geladeira, tinha pedido pra ela passar lá esses dias pra colocar ração pra minha companheira. 'tris-teresina', alguém já escreveu isso. Bem, pelo menos vão parar de lhe encher querendo saber por onde andas, não é? Descanse, poeta.

| ao som de 'alucinação', 'mote e glosa', 'coração selvagem', 'vício elegante', 'objeto direto' e algo mais... |      

sexta-feira, 28 de abril de 2017

chuva de saudade demora...

o Criolo lançou um álbum só de samba; e que álbum. Enfim, um post ameno, de coisas boas pelas bandas de cá. E são 10 'coisas boas'. Leia-se 'faixas'. Clipe em preto & branco pra acabar de melhorar ainda mais. Só é foda não ter ninguém pra comentar sobre isso. E isso foi pra não perder o costume...


terça-feira, 25 de abril de 2017

se ela falasse...

tem vezes que a Amy olha pra mim de um jeito que eu juro que ela tá entendendo alguma coisa; ela parece me enxergar com certo remorso, e quando ela traz a bolinha pra brincar comigo tenho até a impressão que ela quer mais que eu me divirta do que ela mesmo. Dizem que bicho sente né...

| ao som de 'nescafé' - Apanhador Só, faixa 04 do álbum 'Acústico Sucateiro' |

domingo, 23 de abril de 2017

una volta...

esse talvez seja o registro mais estranho que eu deixo aqui, mas que preciso fazer. Faz pouco mais de uma semana que comentei com o Rafael: se eu chegar até lá, eu vou ser um velho muito escroto, muito fudido. E explico o porque disso. Recentemente fiz 33 anos, e na minha rotina quase que diária eu tenho alguns 'hábitos' que me levam pra esse caminho: me alimento mal, durmo pior ainda, não pratico nenhuma atividade física e, ainda por cima, tenho bebido muito. O que me levou a escrever isso hoje foi o espanto com a notícia da morte do Jerry Adriani. Não, eu não era nenhum grande fã, mas tenho um CD dele onde ele interpreta alguns clássicos da Legião em italiano, e sempre admirei seu vozeirão e seu espírito jovial, algo que comparo e assemelho um pouco ao tremendão Erasmo Carlos. Entre a notícia da sua internação, a divulgação de uma foto sua extremamente magro, e hoje, sua morte, foi um intervalo de tempo muito curto. Sei lá, meio que me deu medo.

| ao som de 'mesmo sozinho' - Nando Reis, faixa 08 do álbum 'A Letra A' |

sábado, 22 de abril de 2017

o luto ou a luta...

o garçom do bar me chama de 'guerreiro', logicamente por não saber meu nome... Mas pensando bem, o fato de ter suportado mais uma noite em casa talvez me torne um.

| ao som de 'animal' - Mula Manca & a Fabulosa Figura, faixa 10 do álbum 'Amor e Pastel' |

quinta-feira, 20 de abril de 2017

colheita sem fim...

clichê: expressão idiomática que, de tão utilizada, se torna previsível. Desgastou-se e perdeu o sentido ou se tornou algo que gera uma reação ruim, algo cansativo. Pontuada essa definição, encontrada nesse mundo virtual, vamos a ele: 'quem planta o mal, colhe o mal', ou, se preferir, 'quem planta o bem, colhe o bem'. Clichês. Fato é que depois de ouvir essa primeira versão ontem, fiquei com ela latejando na minha cabeça o restante do dia, e assim está até agora, quando transpasso pro 'papel' as ideias. Fico imaginando o tanto de semente escrota que eu devo ter semeado por aí, quantos hectares de terra eu devo ter tornado improdutivo plantando essa merda toda que não tem fim, que não se acaba nem fica pouco. Logo eu, que acho um saco retirar o pouco mato que insiste em nascer no espaço que era pra ter uma árvore no quintal... Mas bem, conforme clichê padrão, dizem que 'depois da tempestade vem a bonança'. O problema é que eu acho que me dou melhor com A Tempestade. É o meu preferido da Legião.

| ao som de 'no bojo da macaíba' - Mestre Ambrósio, faixa 10 do álbum 'Terceiro Samba' |

quarta-feira, 19 de abril de 2017

ativar ordem aleatória...

enquanto Sérgio Sampaio ainda acha que tem que acontecer, Otto apenas se pergunta por quê... Noutro canto, Paulinho fica parado pra ver as meninas passar, mal sabe ele que sob olhar atento da faceira Dona Onete. Incrédulo, Lenine permanece no pano da jangada, sem julgar, mas torcendo mesmo é pra, no fim das contas, Elza botar pra fuder.

| ao som de 'Maria da Vila Matilde' - Elza Soares, faixa 02 do álbum 'A Mulher do Fim do Mundo' |

domingo, 16 de abril de 2017

ao Enzo...

rapaz, você tá vindo pra um mundo tão estranho... Se lá na frente lhe disserem que, por exemplo, quando você nasceu tinha um cara querendo construir um muro pra separar dois países, eu espero que isso seja motivos de risos. Ou então que aquela zuada toda que fizeram com a tal lava-jato não deu em nada, isso vai ser motivo de lágrimas. O fato é que você chegou, e a essas alturas você já deve ter percebido o quão abençoado é por fazer parte dessa família. Pela sua mãe, seu pai, seus avós... Ah, sabia que você tem uma 'prima'? Maria Manuela o nome dela, mas acho bem pouco provável que vocês se conheçam um dia. A diferença de idade entre vocês é de pouco mais de 4 anos, ainda daria pra vocês brincarem, ou saírem juntos, sei lá. Mas não. Por enquanto, trata de aproveitar essa fase Enzo; durma, chore, durma mais um pouco, se alimente, durma... Não acompanhei nada disso da sua 'prima', mas imagino que seja meio que assim. Depois, aos poucos, suas preocupações vão mudando. Ter uma caligrafia bonita no caderno da escola (putz cara, você não vai ter a oportunidade de estudar na Escolinha da Vovó! Pergunta pra sua mãe depois sobre isso!), fazer a colação de grau, tirar boas notas, começar a escolher amizades que podem - ou não - durar pra vida toda, ter vontade de conquistar um mínimo de independência financeira, ser pressionado pra ainda cedo decidir o que você vai ser profissionalmente na vida, se enfiar depois 4 ou 5 anos em uma faculdade e talvez descobrir que estava tudo errado, se apaixonar... Enfim. Tem muita coisa vindo por aí Enzo, e eu nem lhe vi ainda por uma série de motivos que não cabem aqui explicar, até porque te desmotivar tão cedo seria frustrante, mas saiba que desejo toda saúde, sorte e sucesso na sua vida, rapaz. Sua mãe, sobre quem posso falar com um pouco mais de propriedade, é incrível. Aproveita bem. Que Deus te abençoe.

| ao som de 'broken bones & pocket change' - St. Paul and The Broken Bones, faixa 06 do álbum 'Half The City' |

terça-feira, 11 de abril de 2017

bolívia, sete, dois, um...

quando almocei domingo com meus pais eu acertei com ele que, na quarta, ele poderia ir lá onde moro, pra fazer a declaração do imposto de renda dele e de minha mãe, algo que já fazemos a alguns anos. Ontem a noite resolvi, então, arrumar a casa que ele nos deu. Não queria que ele visse ela daquele jeito. Eu até gosto um pouco de lá, bem pouco mesmo, afinal ela ainda tem um "Q" da minha cara, deu pra ver quando tirei parte da poeira dos móveis. Mas, assim como eu, ela é totalmente vazia por dentro. Quadros, 'bonequinhos', CDs, livros, aquele azulejo das ladeiras de Olinda, nada preenche de verdade, nada tem sentido ali.

| ao som de 'quem me leva os meus fantasmas' - Maria Bethânia, faixa 13 do álbum 'Carta de Amor' |

segunda-feira, 10 de abril de 2017

OLX fail...

não aparece a porra de um macaco pra pelo menos ajudar a pagar as parcelas do carro; que fase Airlon, que fase...

| ao som de 'verbalize' - Natiruts, faixa 03 do álbum 'Verbalize' |

sexta-feira, 7 de abril de 2017

dorme bem... pelo menos tenta.

acabou mais uma semana. Vou pra casa.

| ao som de 'a carne dos deuses' - Scambo, faixa 05 do álbum 'Vermelho' |

segunda-feira, 3 de abril de 2017

o que fazer com esses números...

18 e 19 de fevereiro. 04 e 05 de março. 01º e 02 de abril. Essas foram as últimas vezes que eu me encontrei com o Airlon.

| ao som de 'aurora'  -  Graveola e o Lixo Polifônico, faixa 03 do álbum 'Camaleão Borboleta' |

sexta-feira, 31 de março de 2017

o que era Fetros, o que era talismã...

um banco - ou um cajón -, um violão, ir pra cozinha tentar fazer nachos, tomar uma dose, pés descalços, ouvir, fechar a conta, sorrir... Descobrir uma nova ilha qualquer já foi bem mais divertido com vocês por perto. Kaká, Ciba, Rá!, Srta. Claudino, mãe da Terra e mulher do Mickey, menina do mar: sinto muito e sinto falta, mesmo. Não sei nem explicar ao certo por que essa música me fez relembrar/viver tanta coisa, apenas fez...

quinta-feira, 30 de março de 2017

jobiniando...

as águas de março vão, enfim, levando. Trinta do/e três. Mais um pouco sozinho, fim do caminho. Algo assim o maestro falou, não necessariamente nessa ordem. Queira ou não queira...

| ao som de 'fanatismo' - Fagner, faixa 01 do álbum 'Traduzir-se' |

terça-feira, 28 de março de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas [ 6 ] ...

1 - ontem foi aniversário do Sr. Manfredini e eu nem disse nada; ando vivendo, mesmo, em outra estação;
2 - restam 16 cápsulas do Patz (sim, contei), depois disso não sei como vai ser; após o fracasso do Seakalm, acho que vai ser hora de testar a Maracugina;
3 - sair quase às 23hs, debaixo de uma leve chuva, pra ir na tia da avenida comprar arrumadinho; coisas de quem tá no limite com o Club Social;
4 - terça-feira, dia de ir ao templo, dia de respirar um pouco mais fundo e mais calmamente, pelo menos a noite;  
5 - naquele outro dia eu tinha misturado todos os remédios com muita cerveja, eu juro; desculpa. 

| ao som de 'barcarola do São Francisco' - Geraldo Azevedo, faixa 02 do álbum 'Raízes e Frutos' |

segunda-feira, 27 de março de 2017

além do verde, anil e amarelo...

entre coisas que ouvi, gostei e não gostei, ou apenas nem ouvi. Apenas coisas. Apenas títulos de álbuns, verdades...

'O Mesmo Mar que Nega a Terra Cede à sua Calma' - Bruna Mendez

'Se a Canção Mudasse Tudo' - Manuela Rodrigues

'O meu Nome é Qualquer um' - César Lacerda e Rômulo Fróes

'Quando Não Houver mais Rimas a Fazer' - Demodê

'Enquanto o Futuro Não Vem' - Quasar

'Arranjos do que Sobrou Depois do Surto' - Pedras

'Com a Certeza de Quem Não Sabe Nada' - Baia

'Nada sem Ela' - Academia da Berlinda

| ao som de 'Dorival' - Academia da Berlinda, faixa 05 do álbum 'Nada sem Ela' |

sábado, 25 de março de 2017

Tryptanol 25...

sábado. Vazio, e as únicas vozes são as que ficam ecoando dentro da minha cabeça. Mal nenhum, a não ser a mim mesmo, né Cássia? André Prando e Belchior também gritam e me entendem. 5 de 600ml já não bastam. O violão também desistiu de mim. Parece que vai chover...

| ao som de 'a maré nenhuma' - Nuda, faixa 01 do álbum 'A Maré Nenhuma' |

quarta-feira, 22 de março de 2017

valendo o dobro da pontuação, 7 notas maestro...

certa vez Marisa Monte já disse que o mundo é uma escola e a vida é o circo. Concordo, assino embaixo. A questão que tento entender hoje é a seguinte: depois que o tal mundo faz você aprender, nem que seja na base da porrada (leia-se 'dor'), e que você passa então a dimensionar melhor e mais claramente uma série de coisas e significados, depois que acontece tudo isso, onde você coloca em prática os aprendizados se a essas alturas você já perdeu tudo que te importava?

| ao som de 'birras' - Validuaté, faixa 10 do álbum 'Alegria Girar' |

terça-feira, 21 de março de 2017

Jornal da Bad [ ou ] Boechat, we can!

assim que eu acordo, no meio daquelas vezes em que consigo dormir, eu ligo a TV. E ligo pra, além de ter uma companhia sonora enquanto banho e me arrumo pra ir ao trabalho, ouvir os comentários do Ricardo Boechat, dentro do Café com Jornal, que passa na Band. O Boechat pra mim é gênio! Era o cara que eu queria ver na presidência do Brasil um dia, sem mais. Mas ele é inteligente, então nunca nem se meteria nesse meio político escroto (parênteses dentro do parênteses: ele taca o 'foda-se' pra aquilo de que jornalista tem que ser imparcial; ele expressa o que sente e o que pensa no ar mesmo, não tá nem aí. Fecha parênteses). Daí a noite, quando retorno pra minha casa, o único telejornal que faço questão de assistir é o Jornal da Band, por sua vez apresentado por quem? Pois é. Terminado o programa, geralmente vem a pior parte do dia, que é aquela em que eu tenho que inventar um pretexto pra não cair no Patz, e essa fase eu já denominei carinhosamente de 'Jornal da Bad'. Via de regra a busca da solução passa por conversar com a Amy, ver alguma bobagem no computador ou tocar violão, tudo isso com o som ligado ao fundo, afinal, a casa precisa de zuada. No fim das contas o ciclo de mais um dia se fecha, ou pelo menos tenta, no quarto, já com a TV desligada no canal 12. A diferença do Jornal da Bad e o Jornal da Band é que o meu é de segunda a segunda, apresentado única e exclusivamente por mim, sem direito a trocas na bancada. Legal mesmo deve ser a doce Veruska...

| ao som de 'o orgulho e o perdão' - O Terno, faixa 08 do álbum 'Melhor do que Parece' |

segunda-feira, 20 de março de 2017

cartas que nunca vão chegar...

o que eu tenho em Teresina são duas amizades, e isso é tudo que consegui construir ao longo de 33 anos. O Rafael, uma dessas duas, me chamou pra sair na sexta passada, ele ia assistir a um show, em um bar, de abertura do novo projeto do Humberto Gessinger. Eu não fui, não pelo show em si, mas por conta do meu bloqueio e etc., etc. e tal. O fato é que eu pensei em questionar o Rafael, e já até fiz isso outras vezes, meio que dizendo, querendo explicar pra ele que o mundo da música é maior que ficar bitolado em um cara só, de um artista que, queira ou não queira, tem uma linha de composição que você saca só de ouvir os arranjos, por exemplo. Isso nem é uma crítica ao Humberto em si, longe disso, admiro demais o trabalho dele e nem teria bagagem para tal. Minha vontade era apenas de dizer pro meu amigo se permitir outros sons, ouvir coisas novas, ir atrás de algo que fugisse do lugar comum. Mas aí eu fiz uma coisa incrível: parei e pensei. É, parei e pensei, pasme. Me questionei: 'quem diabos sou eu, nessa merda de vida que ando levando, pra dizer ou pedir pra alguém se permitir algo novo?' Não mesmo garoto Airlon, não mesmo. Você não tem moral nenhuma pra isso. Segue aí ouvindo o Gessinger mesmo, Rafael...

| ao som de 'dentro' - Bruno Souto, faixa 02 do álbum 'Estado de Nuvem' |  

sexta-feira, 17 de março de 2017

Santo Libre...

Frejat desejando que, se for pra ser triste, que seja apenas por 1 dia, e não por 1 ano. Já faz quase uma gestação que não atendo Frejat...

| ao som de 'amor pra recomeçar'- Frejat, faixa 03 do álbum 'Amor pra Recomeçar' |

em uma esquina qualquer...

- dente
- álcool
- remédios
- embora
- punhos
- areia
- ração
- tinta
- celular
- canções
- sentido
- motivos
- ampulheta
- cordas
- filosofia
- rimas
- fones
- insistência
- verso
- janela
- impaciência
- mistura
- ausência
- reticências

| ao som de 'pedras e sonhos' - El Efecto, faixa 02 do álbum 'A Cantiga é uma Arma' |

quinta-feira, 16 de março de 2017

é uma letra seríssima né Sr. Manfredini?

'(...) e ele bebe em casa, agora mais a noite com a TV
e todas as luzes da casa acesas
eu vou soprar esta droga de vela
eu não quero mais ninguém à minha mesa
eu não tenho nada para conversar com ninguém
todos os bons sonhadores deixam isso passar um dia
escondendo atrás de garrafas em cafés escuros
cafés escuros...'

quarta-feira, 15 de março de 2017

elos das correntes...

ontem voltei ao templo espírita. Coincidentemente, ou não, a leitura do evangelho tratava sobre o quão forte é a sua fé. E já fazia uns dias que vinha me questionando isso: por que eu, que venho de uma família tão religiosa, não consigo me apoiar nessa força maior? Por que eu não consigo elevar minha espiritualidade a tal ponto de fazer disso um suporte pra encarar a vida lá fora? O templo me acalma, me traz uma paz momentânea, mesmo eu tendo tido uma crise de choro daquelas assim que cheguei lá e fiquei naquele silêncio ensurdecedor, fazendo minhas preces e considerações. Mas parece que a carga é pouca e não dura muito. Aí entra a parte que eu deveria, sim, rezar mais, ter fé mesmo, agradecer pela cama, por pagar as contas, pelos meus pais, pela saúde (ainda que essa não ande 'mentalmente bem das pernas') e etc. Mas pra eu fraquejar é daqui pra ali. E é muito fácil quando o 'ali' em questão é bastar olhar pro lado vazio da cama.

| ao som de 'abre alas' - Vivian Benford, faixa 01 do álbum 'Scream & Yell - Faixa Seis' |

terça-feira, 14 de março de 2017

quanto de vida cabe em 1 dia?

não tem nada e não tem ninguém. A geladeira anda refletindo o descaso. O ato de vir aqui escrever pra desabafar, pela primeira vez, acusa um cansaço: me sinto (e de fato o é) girando em círculos, em torno das mesmas lamentações. Sem respostas de São Luís, sem saber que outro mercado ir atrás; parece uma briga contra o tempo. Ah, o tempo... tantos já escreveram sobre ele. Esse 'tambor de todos os ritmos' anda descompassado da batida da minha vida, faz tempo. Tempo perdido.

| ao som de 'oração ao tempo' - Caetano Veloso, faixa 02 do álbum 'Cinema Transcendental' |

segunda-feira, 13 de março de 2017

diálogos de Ego, Superego e Id, o Ota...

músicas fazem mais ou menos sentido dependendo da veia que lhe pegam. Algumas têm me perfurado bastante e certeiramente. Alô, cadê o botão de apertar pra pular março? E abril? E maio, junho, julho... Não dá pra beber todo dia, voltemos ao Patz então depois de mais de uma semana limpo, acho que tempo recorde. Hoje a vida levantou a cabeça, olhou pra mim, parou e pensou: 'ah Airlon, dá pra foder mais, aumenta essa porra aí que tá pouco!' Segunda-feira, 13.

| ao som de 'errare humano est'  -  Seu Jorge e Almaz, faixa 01 do álbum 'Seu Jorge e Almaz' |

quinta-feira, 9 de março de 2017

la remontada...

existe um jargão no futebol, criado não sei por quem, que diz o seguinte: 'não é apenas um jogo'. Eu sempre fui fanático por futebol e pelo São Paulo por tabela, clube que escolhi (ou ele que me escolheu?) para ser fiel seguidor. Duas das maiores emoções que vivi, não à toa, foram as oportunidades que tive de poder assistir, pela TV, o meu time ser campeão mundial em 2005 e o dia que assisti, pessoalmente, um jogo do São Paulo no Morumbi, isso em 2010. Bem, de uns tempos pra cá, com tudo que vem acontecendo, até o que era impensável aconteceu: perdi o tesão que sentia por futebol, pelo São Paulo em especial, e isso inclui também o prazer em jogar, algo que praticava com uma certa frequência. Mas ontem tinha um jogo que, por algum motivo, me chamava atenção já fazia uns dias, me criou uma certa expectativa pela quase impossibilidade do improvável poder acontecer. Era jogo da Liga dos Campeões, Barcelona X Paris Saint Germain, e o Barcelona havia perdido o jogo de ida por 4 X 0 e tinha que reverter esse placar, uma tarefa quase absurda, mesmo agora jogando em casa. Não me cabe aqui, e eu nem conseguiria, explicar com palavras o que aconteceu ao certo ontem no Camp Nou. O fato é que aconteceu! Chega a ser curioso porque, no fim das contas, aquilo tudo que eu assisti deu um certo gás pra acreditar naquela impossibilidade do improvável, como já disse antes, mesmo sabendo que trazendo esse exemplo pra fora das 4 linhas tudo ganha outro contexto, outro significado. É, futebol não é apenas um jogo, é bem mais, é bem maior que isso, mas a vida também é. Pelo menos deve ser.

| ao som de 'blues hand me down' - Vintage Trouble, faixa 01 do álbum 'The Bomb Shelter Sessions' |  

quarta-feira, 8 de março de 2017

hoje é dia de MarIas...

oito de março, Dia Internacional da Mulher. E parando pra pensar bem, as duas únicas mulheres que norteiam minha vida hoje são 2 Marias: minha mãe e minha filha carregam esse nome que, de tão perfeito, leva o 'mar' consigo. Maria Elianira e Maria Manuela. Falta então uma mulher, que daria sentido a tudo mais, mas ela nem se chama assim. Agora sabe o engraçado disso? Se eu chamar pelo mar, logo o mar que ela tanto ama, antes do nome dela, fica tudo bem. Não é mesmo, Mar-Ia?

| ao som de 'fala'  -  Ritchie, faixa 13 do álbum 'Tributo aos Secos & Molhados - Assim Assado' |

terça-feira, 7 de março de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas [ 5 ] ...

1 - quase fechei uma semana sem celular, mas voltei a um provisório pelos motivos já anteriormente citados de busca de emprego e venda do carro;
2 - ontem até fui a dois shoppings tentar comprar um pra mim, mas bateu aquele pânico de novo, aquela sensação de todo mundo me olhando, julgando, culpando e o medo de encontrar alguém conhecido;
3 - ainda sobre ontem, consegui dormir sem o remédio de novo. Teoricamente um avanço, mas o que não muda em absolutamente nada meus planos;
4 - 'saudade' tem sido palavra/sentimento recorrente no meu dia-a-dia, até nos sonhos, e isso é o pior porque lá ela foge do meu controle;
5 - de que adianta descobrir um novo cantor, uma nova banda se não tem ninguém que eu possa conversar sobre isso?

| ao som de 'samba de amor' - Wado, faixa 08 do álbum 'Ivete' |

segunda-feira, 6 de março de 2017

o mar em torno do mar...

sexta-feira, almoçando no trabalho:
- ei Airlon, tô indo pra Luís Correia agora de madrugada, bora?
Daí, entre eu responder e estar com os pés na areia foram menos de 24 horas. Sem planejamento, sem nem poder fazer essa extravagância menos de 3 semanas depois de fazer um bate-volta sozinho em Barra Grande, mas lá fui eu. É claro que o mar tem aquele poder de trazer uma paz que eu não encontro em nenhum outro canto (principalmente se esse 'canto' for na minha casa), é claro também que conhecer gente nova é legal, beber também é e etc. Mas é foda porque, inevitavelmente, eu fico comparando tudo o tempo todo. E eu sempre preferia como era antes; as companhias, o som que tocava no carro, as bobagens ditas, ela pra sentar ao meu lado... E olha que nessa 'viajem' agora foi tudo muito bom, mas esse meu parâmetro do que era bom na verdade é muito alto levando em conta tudo que eu tinha antes. E perdi. Dá saudade até da risada de algumas pessoas, da certa grosseria de outras. Volto pra Teresina no final da noite de domingo, entrando na cidade acompanhado de uma chuva que deixa o ar mais melancólico ainda, tal qual entrar em casa de novo. Nem fui falar com a Amy, desarrumei minha pouca bagagem, banhei e fui deitar, pra tentar dormir aproveitando o relativo cansaço e assim não precisar do remédio. E deito com aquela mesma convicção de quando voltei de BG, que aqui não me cabe mais, tenho medo do que posso ver/encontrar em Teresina e disso me desestabilizar de vez. Eu tento pensar no barulho do mar e naquela paz que ele me traz, mas agora é somente o barulho do ar condicionado. Ah, dessa vez teve 'registro' de que eu fui; foto da Roberta Aline, a garota do convite inesperado.
| ao som de 'timoneiro' - Paulinho da Viola, faixa 01 do álbum 'Paulinho da Viola - Acústico MTV' |

sexta-feira, 3 de março de 2017

para brincar na gangorra, dois...

o lado vazio da cama + o lado vazio do peito formam um completo idiota. Pode até soar como poema, ou como piegas. Nem é.

| ao som de 'diariamente' - Marisa Monte, faixa 09 do álbum 'Mais' |

quinta-feira, 2 de março de 2017

pretérito imperfeito...

o tipo de vídeo que promove um acalanto, ainda que momentâneo, na minha alma. Mas pensar no futuro e não esquecer do passado... como Sr. Paulinho, como?

quarta-feira, 1 de março de 2017

what?

e lá se vão mais de 24 horas sem celular; não fosse a vontade/necessidade tanto de vender o carro como a esperança por receber uma proposta de emprego, viveria fácil sem ele...

| ao som de 'rock and roll' - Ana Cañas, faixa 11 do álbum 'Volta' |

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

LG k10...

pela primeira vez, 3 postagens em um dia, e apenas pra informar; acabei de detonar meu celular na parede (havia comprado ele no começo de agosto) êêêê...

| ao som de 'ela e o castelo' - Catedral, faixa 12 do álbum '15º Andar' |

dezessete e vinte...

Eu quis muito dar certo. Apenas isso. Eu juro que queria e tentei. Ainda tento.

| ao som de 'reis do agronegócio' - Chico César, faixa 14 do álbum 'Estado de Poesia' |

terça feira de cinzas...

tinha um Airlon lá atrás que fazia trocadilhos, por vezes sem graça, mas fazia. Que 'batia o ponto' pelo menos uma vez no Caneleiro toda semana, e agora já fazem mais de 7 meses que sequer pisa lá. O cara que passava horas nos sites de 'bonequinhos', como ela chamava, pesquisando qual seria a próxima compra pra enfeitar o rack... Esse cara me faz falta.

| ao som de 'Ludmila' - Benjamins, faixa 04 do álbum 'Ando Bem Alto' |

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

o mundo acontece lá fora...

eu ligo a TV com todo cuidado, tentando escapar, mas parece que o mundo todo do carnaval acontece em Olinda e Recife. Eu fico lembrando de todos os lugares, ladeiras, barracas, músicas, hospedagens... Ainda falta 1 dia.

| ao som de 'sem medida'  -  Filipe Catto, faixa 07 do álbum 'Entre Cabelos, Olhos e Furacões' |

sábado, 25 de fevereiro de 2017

clareia...

foi o pior natal. Depois veio o pior réveillon. Agora é o pior carnaval e, em breve, será o pior mês de março de todos. Eu fico tentando internalizar 'eu não sou uma pessoa ruim, eu não sou uma pessoa ruim, eu não sou uma pessoa ruim!'. Mas não ando conseguindo me convencer.

| ao som de 'pois é' - Los Hermanos, faixa 11 do álbum '4' |

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

quem sou eu?

ando pensando muito no que me tornei ultimamente. Ontem cheguei em casa e fui começar a desarrumar algumas coisas, como o mural do último post, pra ver se começo a criar coragem de sair daqui. Retirei o tapete da sala, os azulejos que ficavam na parede ao lado dos meus CDs, joguei arroz e feijão velhos que estavam em depósitos na cozinha. Depois fiquei um pouco com a Amy, pra ela me consolar enquanto eu procurava pôr a respiração novamente em ordem. Feito isso, fui pro meu quarto. Luzes apagadas e eu começo a assistir a um jogo do Botafogo na TV. Termina o jogo e eu me pego assistindo o BBB. Depois, vem o Jornal da Globo, e nada do sono chegar. Faziam 5 dias que eu não tomava remédio pra dormir, mas tive que me render. É curioso porque eu tomo o Patz ao mesmo tempo com raiva, chorando e desesperado, todos os sentimentos juntos e misturados. Enquanto a cabeça não aquieta, uma das perguntas que mais me faço é 'como eu vim parar aqui, como eu deixei chegar nesse ponto?' De hoje a exatamente um mês é a audiência da guarda da minha filha, audiência essa que a pessoa que mais me encorajou a peitar e encarar isso, hoje não está mais comigo. Caralho, e por mais que eu saiba, como é duro escrever isso. E eu vou desistir da Manuela, de novo. Não vai dar pra ela ter aquele orgulho de mim, aquele que eu falei lá atrás que sinto pelo meu pai. Não vai dar porque eu não tenho a menor condição pra isso, física e mental. E que vergonha que eu sinto disso tudo. No que eu me transformei, como eu vim parar aqui???

| ao som de 'one' - U2, faixa 03 do álbum 'Achtung Baby' |

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

antes faltava apenas uma foto...

agora falta bem mais que isso. Falta vida. Hoje tá sendo um dia bem difícil...
| ao som de 'meu coração' - Arnaldo Antunes, faixa 11 do álbum 'Iê Iê Iê' | 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

a chuva é de fevereiro...

nem o clima ameno tem esfriado minha cabeça, que ferve já faz algum tempo e apenas piorou desde o último final de semana. Mas essa versão me deu alguns minutos pra respirar mais fundo. 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

essa Barra que é gostar de você...

não sei bem ao certo, mas o ano era 2003 ou 2004. Estava cursando História na Uespi, e pagando a disciplina de arqueologia a turma resolveu fazer então uma viajem pra Serra da Capivara, pra encerrar o módulo. Conheci a famosa pedra furada, visitamos o museu, vi as inscrições e tudo mais. Naquela época o máximo que um celular permitia era o jogo da 'snake' e trocar SMS estava no auge. Não levei câmera, diferente da grande maioria que registrava tudo e, no fim das contas, deixei tudo salvo na minha memória mesmo, achei que me bastaria. Agora o ano é 2017, e viajei pela primeira vez sozinho. Fui e voltei sem um único registro digital, mas dessa vez foi opcional. Ou quase. Em dois dias rodando por Barra Grande eu conversei mais com 'estranhos' do que todo um mês no meu ambiente de trabalho. Garçons, o cara da banda, recepcionistas, dono de pousada... eu fiquei à vontade pra rodar pela cidade e falar com as pessoas sem o medo que criei daqui, onde eu fico e me sinto enclausurado. É curioso porque, de certa forma, isso apenas reforçou minha ideia de ir embora, de sair de Teresina, mas eu também volto com um punhado de dúvidas que não havia considerado ainda. Uma delas, talvez a principal, é o fato de que eu posso ir pra casa do caralho, lá onde o vento faz a curva, mas eu teria que ir 'limpo' me perdoando pelo que fiz e pela vida que joguei na lata do lixo. E, passados mais de 7 meses, eu ainda não aprendi a lidar com isso. Infelizmente. Outra grande dúvida já é pelo lado profissional da coisa. Volto considerando que trabalhar e viver especificamente na minha própria área de atuação é bem pouco provável por lá. Pode até funcionar como freelas, algo esporádico aqui e ali, mas não daria pra viver disso, não seria minha renda fixa. Então a pergunta que valeria 1 milhão de dólares é: o que eu poderia ofertar, a nível de serviços, pra uma cidade que é carente de quase tudo? Se pelo menos eu soubesse fazer coxinhas... (ouvi essa dica de dois garçons por lá). Mas bem, voltando pra parte da viajem que eu tirei pra tentar desopilar, tem umas coisas curiosas pra registrar. Tipo o fato de ter tocado 'dom quixote' em 3 dos 3 bares que eu passei no domingo; 'muito prazer, meu nome é otário' pareceu uma mensagem subliminar pra mim. Ou então o espanto por pagar R$ 26,00 em duas Heinekens. Teve também o cachorro que praticamente sentou ao meu lado e me fez companhia sábado a noite. Enfim. Agora eu escrevo tudo isso de dentro de uma sala de concreto, ar condicionado ligado e totalmente desconfortável comigo mesmo, com a cabeça pensando naquele mundão que ficou lá atrás, onde eu estava ontem nessa mesma hora. É, eu queria escrever textos menores, mas não deu dessa vez. Que o Airlon do futuro possa ler tudo isso e dizer: 'olha só, mesmo com todas as dúvidas dele, deu certo!'.

| ao som de 'fotografia 3 X 4' - Belchior, faixa 09 do álbum 'Alucinação' |

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas [ 4 ] ...

1 - já peguei uma certa afeição por vir aqui escrever, mas cometi um erro com o nome da página que não é nada original, e isso eu descobri depois;
2 - eu deveria mesmo aprender a cozinhar pra, assim, me livrar do Club Social;
3 - tenho livros na estante que nunca li por motivos de 'pra ler prefiro que faça silêncio, e silêncio morando sozinho não é legal'. Sempre tenho como companhias o som ou a TV;
4 - Paulo Miklos citando Luís Melodia no acústico MTV dos Titãs: 'eu fico triste quando chega o carnaval...'. Isso fica repetindo na minha cabeça;
5 - espero que Iemanjá tenha paciência comigo esse final de semana.

| ao som de 'festa de umbanda' - Martinho da Vila, faixa 12 do álbum 'Canta, Canta Minha Gente' |

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

plantão sem utilidade...

assim que comprei o home theater aqui de casa testei ele colocando 'diversão' dos Titãs no volume 34, e não passei disso por medo dos vizinhos me denunciarem. Acabei de colocar 'zombie' da banda irlandesa The Cramberries no 42 e tô me fudendo pros vizinhos. Chamem a delegacia do silêncio...

| ao som de 'zombie' - The Cramberries, faixa 04 do álbum 'No Need to Argue' |

existe prazer nas matas densas...

vou bancar meus 5 segundos de 'Airlon Supertamp'; vai ser legal, ainda que por apenas 2 dias.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

fones de ouvido, obrigado...

eu tenho me ocupado tanto comigo mesmo (e isso não é narcisismo) que quando eu vejo pessoas se divertindo e vivendo a vida alheia eu fico deslocado. Dá tipo uma vontade de sair gritando 'ei, eu não sou daqui!', uma vergonha alheia. Nasci em 84 mas, por vezes, acho que deveria ter vindo um pouco antes, afinal, sinto que meu espírito anda envelhecendo bem mais rápido que eu, seja nos valores que ainda carrego, nas coisas que almejo ou quando resolvo, por exemplo, ouvir músicas mais antigas. Essas outras pessoas perto de mim me fazem perceber que 'sozinho' é o meu lugar. Alguém joga a corda pra mim...

| ao som de 'eu não consigo ser alegre o tempo inteiro' - Wander Wildner, faixa 07 do álbum 'Paraquedas do Coração' |  

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

eu e a música, a música e eu...

música bagunça comigo. Sempre foi assim. Tenho uma pasta no meu pen-drive chamada 'bad trip', e em dias como ontem corro pra ela quando chego em casa. Diria que é quase um exercício de automutilação, onde os olhos e a alma (se é que ela existe) são as únicas partes do corpo castigadas. De certa forma é bom colocar pra fora, externar. Poder soluçar em voz alta ainda é uma das poucas vantagens de morar sozinho; acho que se me esforçar consigo listar mais umas duas, no máximo. É isso por hoje.

| ao som de 'esperando aviões' - Vander Lee, faixa 08 do álbum '9' |

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

ao mar...

'gota' é quando é você lidando com seus próprios problemas; 'oceano' é quando você faz seus pais chorarem por causa dos seus problemas.

| ao som de 'river' - Leon Bridges, faixa 10 do álbum 'Coming Home' |

meio assim...

segunda feira e eu meio Jorge Mautner, meio Raimundos; meio Lake Street Dive, meio Fino Coletivo. Olha que somente aí já são 4 'meios', e ainda assim ando longe de me sentir por inteiro.

| ao som de 'close to me' - Lake Street Dive, faixa 02 do álbum 'Side Pony' |

domingo, 12 de fevereiro de 2017

cachorro?

recente pesquisa mostra que os cães refletem a personalidade do seu dono. Isso saiu em algum jornal de credibilidade lá do outro continente; devo me preocupar com a Amy, sim ou com certeza? Enquanto eu, por vezes, bebo pra esquecer, ela corre atrás do próprio rabo. Se os papéis se inverterem fica mais grave.

| ao som de 'saint chá' - Nando Chá, faixa 03 do álbum 'Estado Natural' |

sábado, 11 de fevereiro de 2017

retrato...

sentado no chão da sala olhando pro quadro do Chico. Violão ao meu lado. Toca Tom Zé no volume máximo, cerveja pela metade e a chuva desaba lá fora. Sem trocadilhos e evitando pegar o celular pra não fazer (mais uma) besteira. Os pensamentos são todos pra você. E assim começa mais um final de semana.

| ao som de 'dor e dor' - Tom Zé, faixa 05 do álbum 'Se o caso é Chorar' |

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas [ 3 ] ...

1 - consegui, enfim, baixar os 2 volumes de 'Canções Velhas para Embrulhar Peixes'; é poema musicado, coisa linda;
2 - pessoas que falam alto me incomodam profundamente, mas não desejo o mal, apenas espero que se fodam muito na vida;
3 - nome do remédio: 'Seakalm', e isso é sério, mas não vi vantagem. Itaipava latão, 550ml: R$ 3,10 e efeito muito mais positivo;
4 - 'Santa Clarita Diet', na Netflix: um alento de risos bobos, série sem compromisso, dá pra assistir;
5 - youtube me sugerindo uma penca de vídeos do Leandro Karnal, Mário Sérgio Cortella, Clóvis de Barros... que fase.

| ao som de 'umbabarauma' - Soufly, faixa 09 do álbum 'Soufly' |

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

afazeres...

escrever textos menores, respirar com mais calma, andar mais lentamente, não ligar tanto para o relógio, diminuir os remédios e ir até o comércio comprar coragem. Anotado.

| ao som de 'nota' - Thiago Ruas, faixa 09 do álbum 'Receita do Dia' |

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

quanto tempo disso resta?

eu cresci com uma espécie de ausência paterna: durante muito tempo meu pai não falou com a família da minha mãe. Aniversários, 1ª eucaristia, festas de final de ano e eventos do tipo ele nunca estava presente. Demorei um pouco, mas até acho que assimilei isso numa boa. Depois, já na minha adolescência, e na maturidade dele, o próprio começou a enxergar que aquilo era algo que não fazia mais sentido algum, e ele foi se permitindo aos poucos e se reaproximando da família da minha mãe. E um belo dia, o que era muito, mas muito improvável, aconteceu: meu pai participou do natal da minha família. Fiquei feliz pra caralho! Eu tinha em mente então que poderia cometer uma série de erros na minha vida (e consegui), mas que não cometeria os mesmos do meu pai, os que senti na pele. Sabia dos motivos dele, nunca questionei, apenas digeri aquilo, até porque, colocando na balança, o saldo dele era muito positivo: nunca deixou faltar educação, caráter ou comida na mesa. Aí sabe o que acontece? Aquilo que acontece, invariavelmente, com todo mundo. O tempo passou. E olha só, virei pai. Virei pai de uma menina linda, a Maria Manuela, e sabe o que eu fiz/faço? Tenho um relacionamento péssimo com a mãe dela, por consequência, com minha filha. Não satisfeito, recentemente me afastei da minha família, alguns até pensam que por raiva, mas não foi. Foi por vergonha mesmo, já que a única pessoa de que sinto raiva sou eu mesmo, por ter permitido que cada página dessas fosse escrita com a minha letra. A Manuela, que logicamente não tem culpa de nada, foi uma irresponsabilidade minha, mesmo quando alguns me alertaram pra me afastar da mãe dela. Ter esse pânico de zona leste que tenho hoje, assim como acordar no meio da madrugada e não dormir mais e, de quebra, ter perdido o mais sincero amor foi irresponsabilidade minha também. E não, não é o jogo do 'sou vitiminha da história, vejam minhas lamentações'. Tanto não o é que, sabe aquele clichê do 'tem tanta gente numa situação pior que a sua'? Pois é, eu sei e concordo plenamente. Mas esse lance de se perdoar é bem mais complicado do que imaginava. Ainda bem que eu nunca precisei perdoar meu pai por nada, já que hoje eu olho pra trás e vejo que ele foi muito mais homem que eu, muito menos falho do que eu, e eu não teria moral nenhuma pra julgar as atitudes e decisões que ele tomou ao longo da vida. Amo meu pai, tenho um orgulho enorme dele e queria que minha filha sentisse isso um dia por mim também. Dá tempo? Dá. Mas me sinto totalmente despreparado e incapaz pra esse papel hoje. E afirmo isso porque, nesse caso, o papel em questão exige o meu próprio perdão e o meu amor próprio, coisas que se perderam em alguma curva fora do eixo lá atrás. Pai, me ensina?

| ao som de 'inverso ano luz' - André Prando, faixa 01 do álbum 'Estranho Sutil' |  

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

preciso lembrar...

essa música ficou martelando na minha cabeça o final de semana todo; fiz dela uma espécie de mantra, algo que me sirva como um tapa na cara pra tentar encarar a realidade lá fora, mesmo que esse 'lá fora' seja longe e arriscado. Letra e música de Roberto e Erasmo Carlos, mas palmas para essa versão do Ira! (ainda nos tempos da formação clássica).


domingo, 5 de fevereiro de 2017

eu grito em português...

trabalho em uma revista, ainda, e nela tem uma página onde é traçado o perfil de um convidado(a) e rola aquela espécie de 'ping-pong', meio que Marília Gabriela: uma viajem inesquecível, um livro que mudou sua vida, um sonho de consumo não realizado e etc. essas coisas e tal. Mas uma das perguntas que sempre me intriga é a seguinte: 'com quem você gostaria de conversar por horas e horas?' Bem, eu sou fiel aos meus ídolos, mas levando em conta que esse é o tipo de pergunta que não permite uma tríplice resposta, eu pediria licença a Renato Russo e Chico Science e, hoje, responderia na lata: Belchior. Não que as angústia do Sr. Manfredini, ou a inquietude e agitação de Chico não me interessem mais, longe disso, mas o fato é que de uns tempos pra cá venho dialogando mais com Bel (me sinto íntimo para tal), procurando compreender que eu não posso cantar como convém, admitindo que esses casos de dinheiro e de família eu talvez nunca vá entender bem, tentando criar coragem pra arriscar tudo de novo com paixão, mas no fim das contas concordando com ele que ao vivo é tudo muito pior. Por vezes eu até já pensei em fugir de casa também, sumir, que nem ele fez, mas aí entra a parte que eu lembro que moro sozinho. Tá bom, foi um pouco dramático isso, é que sempre é dia de ironia no meu coração...

| ao som de 'não leve flores' - Belchior, faixa 07 do álbum 'Alucinação' |

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

em Brasília são 17hs...

final da tarde de sexta, ouço a tia da cantina aqui do trabalho baixando a grade, encerrando o expediente dela. Isso significa que daqui a pouco eu também vou já pra casa. Algumas pessoas pelos corredores já respiram aquele ar de 'ufa, chegou o final de semana; e aí, qual a boa?' Eu não sei até que ponto fico aliviado ou depressivo em ir pra casa. Sei de cor e salteado a programação na TV de sábado e domingo, e nem preciso me esforçar muito pra dizer que é uma merda. Bem, ao menos a Amy eu acho que deve ficar um pouco mais feliz, porque ela não dá de cara com a porta fechada o dia todo, e aqui acolá vou na porta da cozinha e faço um afago nela. O problema é que a Amy não bebe cerveja. A Amy não deve estar muito interessada também na nova banda que eu descobri, assim como ela não vai passar a mão na minha cabeça, muito menos rir de uma besteira qualquer comigo, ou fazer o almoço de domingo. Mas é isso, bora lá. Que me aguarde Esporte Espetacular & CIA.  

| ao som de 'já não basta' - Thiago e os Quase Quinze, faixa 06 do álbum 'Thiago e os Quase Quinze' |

e se...

se eu plantasse um pé de 'se', nasceria um de 'quase'? Impressão de que tenho as sementes nas mãos, mas o que me causa medo e certa estranheza é o terreno...

| ao som de 'a lista' - Oswaldo Montenegro, faixa 13 do álbum 'Quebra-cabeça Elétrico' |

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

o dia em que a Nação Zumbi e Gilberto Gil me fizeram chorar...

quarta feira é o dia que vou pro meu futebol. Ontem assim o fiz, joguei, bebi com meus amigos (sim, amigos, e não colegas, dois pra ser mais exato), e depois fui pra casa. Ao chegar, liguei a TV e dei de cara com uma matéria falando sobre a volta do Gilberto Gil aos palcos, reeditando uma parceria de tempos atrás com a Nação Zumbi. A matéria foi passando e logo os olhos foram enchendo. Pensei: 'porra, a Nação Zumbi!' Quem me conhece deve entender o tamanho do significado que essa banda me traz. Carrego, inclusive, comigo registrado no braço Chico Science e uma frase, título de uma música deles chamada 'toda surdez será castigada'. O fato é que eu queria falar, eu queria comentar com alguém, gritar! 'Ei, viu a matéria?' Os meus últimos 3 carnavais foram em Recife/Olinda, e eles foram marcados, entre tantas coisas, por risos, bebidas, noites viradas em aeroportos, pegar uma Kombi na madrugada, subidas e descidas de ladeiras, shows da Nação, Lenine, Otto, Eddie, Liniker, Alceu Valença e tantos outros... Mas, acima de tudo, foi marcado pelas melhores companhias, as companhias que eu queria comentar sobre aquela tal matéria do jornal de ontem. Não deu. Curiosamente, ontem foi o dia que eu passeei também pelas palavras de uma amiga, onde ela dizia, entre outras coisas, que '(...) no final de tudo, o que deu raiva, medo, alegria, incômodo, faz parte da profunda intimidade que você conquistou pelo convívio.' E, por hoje morar só, eu venho tentando conviver bem ao menos comigo mesmo, já faz um tempo que me esforço pra isso, mas pequenos acontecimentos como o de ontem, uma matéria na TV, ou uma música que toca na hora errada, alguém que senta ao seu lado com um perfume que imediatamente lhe traz lembranças, ou a propaganda que anuncia aquele produto que vocês pensavam em comprar juntos, essas pequenas coisas me desmontam, e eu me sinto voltando novamente pra estaca zero. É como diz a letra, 'na zuada, o silêncio gira...'

| ao som de 'toda surdez será castigada'  -  Nação Zumbi, faixa 09 do álbum 'Fome de Tudo' |

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

pra não dizer que não falei das flores...

quando eu escrevo 'de mim para mim mesmo', como eu disse que é a finalidade dessa humilde página, uma das intenções é que lá na frente - espero eu que em um futuro não muito distante - eu possa olhar pras trás e ver que superei minhas dores e lamentações, que ainda são latentes aqui. Enfim, pra não dizer que fiquei apenas me reclamando pelos cantos/posts, eu queria registrar: depois da 'TV Pirata' e do 'Casseta & Planeta', o 'Tá no ar: a TV na TV' é a melhor coisa que apareceu em nível de comédia na nossa televisão. E foda-se aquela discussão babaca se é um humor inteligente, politicamente correto ou não. Faz rir, e isso basta. Ponto. E pasme Airlon do futuro, ontem ao assistir ao 'gugugle liberato', apenas pra citar um exemplo, eu ri. A nível de comediantes, individualmente falando, pra mim Costinha e Chico Anysio continuam sendo incomparáveis, mas eu, que sempre paguei pau mesmo pro Marcelo Adnet, apenas reforço minha teoria e admiração pelo cara. Ontem eu ouvi o som da minha risada no meu quarto, e olha, fazia tempo...

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas [ 2 ] ...

1 - já disse que o tremor nas mãos piorou né? A novidade é que quebrei uma xícara por motivos de: raiva!
2 - isso de estabelecer metas é muito complicado, mas coloquei duas pra mim, que tem a ver com tinta e areia;
3 - dilema: gasto e bebo para dormir aos finais de semana, ou não gasto, mas consumo os remédios pra insônia mais rapidamente?
4 - qual o grau de carência de uma pessoa que consegue suar pelos olhos assistindo The Voice Kids? Dá um desconto porque a música era 'sangrando', do Gonzaguinha;
5 - será que Nietzsche estava certo sobre a tal lei do 'eterno retorno'?

| ao som de 'não existe molhado igual ao pranto' - Lula Côrtes e Zé Ramalho, faixa 05 do álbum 'Paêbirú' |

domingo, 29 de janeiro de 2017

medo de cair na rua...

eu sempre imaginei como seria uma espécie de 'mesa redonda' com as seguintes personagens: Rogério Skylab, Gil Brother, Zéu Britto e Serguei. Deveria ser surreal. Seria engraçado? Provavelmente. Mas por trás de cada loucura também tem um 'Q' de verdade. Nesse vídeo, que garante sim algumas risadas, eu queria chamar atenção, na verdade, pra primeira fala do Skylab. Pode parecer louco, e talvez até o seja, mas eu me identifico. É real. 'Você chega a uma certa idade, você pode cair no chão...'


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

versículos [ ou ] pequenos dizeres sinceros daqui e dali...

Mário Sérgio Cortella: "Uma casa infeliz é aquela que você entra e tá tudo arrumado."

Criolo: "As pessoas não são más, elas só estão perdidas."

Luana Santana: "Teresina me entristece de todas as formas."

Jorge Mautner: "Eu acho que a desistência, que é o nada, não sobreviverá em mim de maneira particular."

| ao som de 'moonage daydream' - David Bowie, faixa 03 do álbum 'The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars' |

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

o barulho que o silêncio faz...

ei, ouviu o novo da Roberta Sá, no Circo Voador? Conhece aquele canal do youtube, o 'elefante sessions'? Assistiu o documentário (que tá na Netflix) da Janis Joplin? Sabe onde encontro aquele livro 'Enquanto Corria a Barca'?... É, eu queria falar de música, eu queria falar sobre música, mas eu queria falar sobre isso com você.

| ao som de 'meu novo ilê' - Roberta Sá, faixa 13 do álbum 'Delírio no Circo' |

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

somos todos 1...

(  ) o pai ausente
(  ) o profissional frustrado
(  ) o filho problemático
(  ) o amante que fodeu tudo
(  ) o otimista medroso
(  ) todas as opções anteriores

| ao som de 'carrossel em câmera lenta' - Selvagens à Procura da Lei, faixa 07 do álbum 'Selvagens à Procura da Lei' |

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

quem disse?

quando voltei 'pra cá' tinha me policiado pra fazer uma publicação todo dia, nem que fosse uma simples imagem; falhei ontem. Fui mais rápido do que imaginava pra falhar em alguma coisa de novo. Finais de semana são sempre mais complicados, e eu até queria me queixar dizendo algo do tipo 'quem foi que disse que isso de brincar de ser feliz é fácil?'... Mas, na verdade, nem era tão complicado assim, até eu descobrir esse dom que tenho: chamo de "toque de Midas reverso". Prossigo... tremendo, mas sigo.

| ao som de 'to know him is to love him' - Amy Winehouse, faixa 14 do álbum 'Amy Winehouse - AT THE BBC' |

sábado, 21 de janeiro de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas...

1 - o tremor nas mãos piorou consideravelmente;
2 - preciso de cordas novas pro violão;
3 - é oficial: não sei passar ferro em camisas;
4 - a proximidade do carnaval anda me deixando (mais) impaciente;
5 - viva Marcelo Yuka!

| ao som de 'o dia em que o homem se cansa' - Marcelo Yuka, faixa 01 do álbum 'Canções para Depois do Ódio' |

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

querido diário...

em tempos de youtubers ganhando fortunas falando bobagens, onde face e insta são as redes do momento e onde o eu continuo querendo saber por onde anda Belchior, este sou eu voltando pro universo blogger; na contramão da lógica, o que parece ser especialidade minha, vou no sentido contrário das coisas. Sem maiores delongas isso aqui vai tratar sobre música, Hank Moody, Netflix, morar sozinho, não saber cozinhar, Alex Supertamp, fotos em preto & branco, Chicos (seja ele César, Buarque ou Science), minha cadela Amy, o mago Gandalf, mais um pouco de música e algo mais que eu não lembro agora. Ah, também deve ter aquilo que se chama 'amor', sem querer parafrasear o Lulu. Na verdade, eu vim conversar comigo mesmo. Bem vindo a mim.

| ao som de 'uma música' - Saulo Duarte e a Unidade, faixa 09 do álbum 'Cine Ruptura' |