terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

LG k10...

pela primeira vez, 3 postagens em um dia, e apenas pra informar; acabei de detonar meu celular na parede (havia comprado ele no começo de agosto) êêêê...

| ao som de 'ela e o castelo' - Catedral, faixa 12 do álbum '15º Andar' |

dezessete e vinte...

Eu quis muito dar certo. Apenas isso. Eu juro que queria e tentei. Ainda tento.

| ao som de 'reis do agronegócio' - Chico César, faixa 14 do álbum 'Estado de Poesia' |

terça feira de cinzas...

tinha um Airlon lá atrás que fazia trocadilhos, por vezes sem graça, mas fazia. Que 'batia o ponto' pelo menos uma vez no Caneleiro toda semana, e agora já fazem mais de 7 meses que sequer pisa lá. O cara que passava horas nos sites de 'bonequinhos', como ela chamava, pesquisando qual seria a próxima compra pra enfeitar o rack... Esse cara me faz falta.

| ao som de 'Ludmila' - Benjamins, faixa 04 do álbum 'Ando Bem Alto' |

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

o mundo acontece lá fora...

eu ligo a TV com todo cuidado, tentando escapar, mas parece que o mundo todo do carnaval acontece em Olinda e Recife. Eu fico lembrando de todos os lugares, ladeiras, barracas, músicas, hospedagens... Ainda falta 1 dia.

| ao som de 'sem medida'  -  Filipe Catto, faixa 07 do álbum 'Entre Cabelos, Olhos e Furacões' |

sábado, 25 de fevereiro de 2017

clareia...

foi o pior natal. Depois veio o pior réveillon. Agora é o pior carnaval e, em breve, será o pior mês de março de todos. Eu fico tentando internalizar 'eu não sou uma pessoa ruim, eu não sou uma pessoa ruim, eu não sou uma pessoa ruim!'. Mas não ando conseguindo me convencer.

| ao som de 'pois é' - Los Hermanos, faixa 11 do álbum '4' |

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

quem sou eu?

ando pensando muito no que me tornei ultimamente. Ontem cheguei em casa e fui começar a desarrumar algumas coisas, como o mural do último post, pra ver se começo a criar coragem de sair daqui. Retirei o tapete da sala, os azulejos que ficavam na parede ao lado dos meus CDs, joguei arroz e feijão velhos que estavam em depósitos na cozinha. Depois fiquei um pouco com a Amy, pra ela me consolar enquanto eu procurava pôr a respiração novamente em ordem. Feito isso, fui pro meu quarto. Luzes apagadas e eu começo a assistir a um jogo do Botafogo na TV. Termina o jogo e eu me pego assistindo o BBB. Depois, vem o Jornal da Globo, e nada do sono chegar. Faziam 5 dias que eu não tomava remédio pra dormir, mas tive que me render. É curioso porque eu tomo o Patz ao mesmo tempo com raiva, chorando e desesperado, todos os sentimentos juntos e misturados. Enquanto a cabeça não aquieta, uma das perguntas que mais me faço é 'como eu vim parar aqui, como eu deixei chegar nesse ponto?' De hoje a exatamente um mês é a audiência da guarda da minha filha, audiência essa que a pessoa que mais me encorajou a peitar e encarar isso, hoje não está mais comigo. Caralho, e por mais que eu saiba, como é duro escrever isso. E eu vou desistir da Manuela, de novo. Não vai dar pra ela ter aquele orgulho de mim, aquele que eu falei lá atrás que sinto pelo meu pai. Não vai dar porque eu não tenho a menor condição pra isso, física e mental. E que vergonha que eu sinto disso tudo. No que eu me transformei, como eu vim parar aqui???

| ao som de 'one' - U2, faixa 03 do álbum 'Achtung Baby' |

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

antes faltava apenas uma foto...

agora falta bem mais que isso. Falta vida. Hoje tá sendo um dia bem difícil...
| ao som de 'meu coração' - Arnaldo Antunes, faixa 11 do álbum 'Iê Iê Iê' | 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

a chuva é de fevereiro...

nem o clima ameno tem esfriado minha cabeça, que ferve já faz algum tempo e apenas piorou desde o último final de semana. Mas essa versão me deu alguns minutos pra respirar mais fundo. 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

essa Barra que é gostar de você...

não sei bem ao certo, mas o ano era 2003 ou 2004. Estava cursando História na Uespi, e pagando a disciplina de arqueologia a turma resolveu fazer então uma viajem pra Serra da Capivara, pra encerrar o módulo. Conheci a famosa pedra furada, visitamos o museu, vi as inscrições e tudo mais. Naquela época o máximo que um celular permitia era o jogo da 'snake' e trocar SMS estava no auge. Não levei câmera, diferente da grande maioria que registrava tudo e, no fim das contas, deixei tudo salvo na minha memória mesmo, achei que me bastaria. Agora o ano é 2017, e viajei pela primeira vez sozinho. Fui e voltei sem um único registro digital, mas dessa vez foi opcional. Ou quase. Em dois dias rodando por Barra Grande eu conversei mais com 'estranhos' do que todo um mês no meu ambiente de trabalho. Garçons, o cara da banda, recepcionistas, dono de pousada... eu fiquei à vontade pra rodar pela cidade e falar com as pessoas sem o medo que criei daqui, onde eu fico e me sinto enclausurado. É curioso porque, de certa forma, isso apenas reforçou minha ideia de ir embora, de sair de Teresina, mas eu também volto com um punhado de dúvidas que não havia considerado ainda. Uma delas, talvez a principal, é o fato de que eu posso ir pra casa do caralho, lá onde o vento faz a curva, mas eu teria que ir 'limpo' me perdoando pelo que fiz e pela vida que joguei na lata do lixo. E, passados mais de 7 meses, eu ainda não aprendi a lidar com isso. Infelizmente. Outra grande dúvida já é pelo lado profissional da coisa. Volto considerando que trabalhar e viver especificamente na minha própria área de atuação é bem pouco provável por lá. Pode até funcionar como freelas, algo esporádico aqui e ali, mas não daria pra viver disso, não seria minha renda fixa. Então a pergunta que valeria 1 milhão de dólares é: o que eu poderia ofertar, a nível de serviços, pra uma cidade que é carente de quase tudo? Se pelo menos eu soubesse fazer coxinhas... (ouvi essa dica de dois garçons por lá). Mas bem, voltando pra parte da viajem que eu tirei pra tentar desopilar, tem umas coisas curiosas pra registrar. Tipo o fato de ter tocado 'dom quixote' em 3 dos 3 bares que eu passei no domingo; 'muito prazer, meu nome é otário' pareceu uma mensagem subliminar pra mim. Ou então o espanto por pagar R$ 26,00 em duas Heinekens. Teve também o cachorro que praticamente sentou ao meu lado e me fez companhia sábado a noite. Enfim. Agora eu escrevo tudo isso de dentro de uma sala de concreto, ar condicionado ligado e totalmente desconfortável comigo mesmo, com a cabeça pensando naquele mundão que ficou lá atrás, onde eu estava ontem nessa mesma hora. É, eu queria escrever textos menores, mas não deu dessa vez. Que o Airlon do futuro possa ler tudo isso e dizer: 'olha só, mesmo com todas as dúvidas dele, deu certo!'.

| ao som de 'fotografia 3 X 4' - Belchior, faixa 09 do álbum 'Alucinação' |

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas [ 4 ] ...

1 - já peguei uma certa afeição por vir aqui escrever, mas cometi um erro com o nome da página que não é nada original, e isso eu descobri depois;
2 - eu deveria mesmo aprender a cozinhar pra, assim, me livrar do Club Social;
3 - tenho livros na estante que nunca li por motivos de 'pra ler prefiro que faça silêncio, e silêncio morando sozinho não é legal'. Sempre tenho como companhias o som ou a TV;
4 - Paulo Miklos citando Luís Melodia no acústico MTV dos Titãs: 'eu fico triste quando chega o carnaval...'. Isso fica repetindo na minha cabeça;
5 - espero que Iemanjá tenha paciência comigo esse final de semana.

| ao som de 'festa de umbanda' - Martinho da Vila, faixa 12 do álbum 'Canta, Canta Minha Gente' |

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

plantão sem utilidade...

assim que comprei o home theater aqui de casa testei ele colocando 'diversão' dos Titãs no volume 34, e não passei disso por medo dos vizinhos me denunciarem. Acabei de colocar 'zombie' da banda irlandesa The Cramberries no 42 e tô me fudendo pros vizinhos. Chamem a delegacia do silêncio...

| ao som de 'zombie' - The Cramberries, faixa 04 do álbum 'No Need to Argue' |

existe prazer nas matas densas...

vou bancar meus 5 segundos de 'Airlon Supertamp'; vai ser legal, ainda que por apenas 2 dias.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

fones de ouvido, obrigado...

eu tenho me ocupado tanto comigo mesmo (e isso não é narcisismo) que quando eu vejo pessoas se divertindo e vivendo a vida alheia eu fico deslocado. Dá tipo uma vontade de sair gritando 'ei, eu não sou daqui!', uma vergonha alheia. Nasci em 84 mas, por vezes, acho que deveria ter vindo um pouco antes, afinal, sinto que meu espírito anda envelhecendo bem mais rápido que eu, seja nos valores que ainda carrego, nas coisas que almejo ou quando resolvo, por exemplo, ouvir músicas mais antigas. Essas outras pessoas perto de mim me fazem perceber que 'sozinho' é o meu lugar. Alguém joga a corda pra mim...

| ao som de 'eu não consigo ser alegre o tempo inteiro' - Wander Wildner, faixa 07 do álbum 'Paraquedas do Coração' |  

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

eu e a música, a música e eu...

música bagunça comigo. Sempre foi assim. Tenho uma pasta no meu pen-drive chamada 'bad trip', e em dias como ontem corro pra ela quando chego em casa. Diria que é quase um exercício de automutilação, onde os olhos e a alma (se é que ela existe) são as únicas partes do corpo castigadas. De certa forma é bom colocar pra fora, externar. Poder soluçar em voz alta ainda é uma das poucas vantagens de morar sozinho; acho que se me esforçar consigo listar mais umas duas, no máximo. É isso por hoje.

| ao som de 'esperando aviões' - Vander Lee, faixa 08 do álbum '9' |

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

ao mar...

'gota' é quando é você lidando com seus próprios problemas; 'oceano' é quando você faz seus pais chorarem por causa dos seus problemas.

| ao som de 'river' - Leon Bridges, faixa 10 do álbum 'Coming Home' |

meio assim...

segunda feira e eu meio Jorge Mautner, meio Raimundos; meio Lake Street Dive, meio Fino Coletivo. Olha que somente aí já são 4 'meios', e ainda assim ando longe de me sentir por inteiro.

| ao som de 'close to me' - Lake Street Dive, faixa 02 do álbum 'Side Pony' |

domingo, 12 de fevereiro de 2017

cachorro?

recente pesquisa mostra que os cães refletem a personalidade do seu dono. Isso saiu em algum jornal de credibilidade lá do outro continente; devo me preocupar com a Amy, sim ou com certeza? Enquanto eu, por vezes, bebo pra esquecer, ela corre atrás do próprio rabo. Se os papéis se inverterem fica mais grave.

| ao som de 'saint chá' - Nando Chá, faixa 03 do álbum 'Estado Natural' |

sábado, 11 de fevereiro de 2017

retrato...

sentado no chão da sala olhando pro quadro do Chico. Violão ao meu lado. Toca Tom Zé no volume máximo, cerveja pela metade e a chuva desaba lá fora. Sem trocadilhos e evitando pegar o celular pra não fazer (mais uma) besteira. Os pensamentos são todos pra você. E assim começa mais um final de semana.

| ao som de 'dor e dor' - Tom Zé, faixa 05 do álbum 'Se o caso é Chorar' |

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas [ 3 ] ...

1 - consegui, enfim, baixar os 2 volumes de 'Canções Velhas para Embrulhar Peixes'; é poema musicado, coisa linda;
2 - pessoas que falam alto me incomodam profundamente, mas não desejo o mal, apenas espero que se fodam muito na vida;
3 - nome do remédio: 'Seakalm', e isso é sério, mas não vi vantagem. Itaipava latão, 550ml: R$ 3,10 e efeito muito mais positivo;
4 - 'Santa Clarita Diet', na Netflix: um alento de risos bobos, série sem compromisso, dá pra assistir;
5 - youtube me sugerindo uma penca de vídeos do Leandro Karnal, Mário Sérgio Cortella, Clóvis de Barros... que fase.

| ao som de 'umbabarauma' - Soufly, faixa 09 do álbum 'Soufly' |

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

afazeres...

escrever textos menores, respirar com mais calma, andar mais lentamente, não ligar tanto para o relógio, diminuir os remédios e ir até o comércio comprar coragem. Anotado.

| ao som de 'nota' - Thiago Ruas, faixa 09 do álbum 'Receita do Dia' |

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

quanto tempo disso resta?

eu cresci com uma espécie de ausência paterna: durante muito tempo meu pai não falou com a família da minha mãe. Aniversários, 1ª eucaristia, festas de final de ano e eventos do tipo ele nunca estava presente. Demorei um pouco, mas até acho que assimilei isso numa boa. Depois, já na minha adolescência, e na maturidade dele, o próprio começou a enxergar que aquilo era algo que não fazia mais sentido algum, e ele foi se permitindo aos poucos e se reaproximando da família da minha mãe. E um belo dia, o que era muito, mas muito improvável, aconteceu: meu pai participou do natal da minha família. Fiquei feliz pra caralho! Eu tinha em mente então que poderia cometer uma série de erros na minha vida (e consegui), mas que não cometeria os mesmos do meu pai, os que senti na pele. Sabia dos motivos dele, nunca questionei, apenas digeri aquilo, até porque, colocando na balança, o saldo dele era muito positivo: nunca deixou faltar educação, caráter ou comida na mesa. Aí sabe o que acontece? Aquilo que acontece, invariavelmente, com todo mundo. O tempo passou. E olha só, virei pai. Virei pai de uma menina linda, a Maria Manuela, e sabe o que eu fiz/faço? Tenho um relacionamento péssimo com a mãe dela, por consequência, com minha filha. Não satisfeito, recentemente me afastei da minha família, alguns até pensam que por raiva, mas não foi. Foi por vergonha mesmo, já que a única pessoa de que sinto raiva sou eu mesmo, por ter permitido que cada página dessas fosse escrita com a minha letra. A Manuela, que logicamente não tem culpa de nada, foi uma irresponsabilidade minha, mesmo quando alguns me alertaram pra me afastar da mãe dela. Ter esse pânico de zona leste que tenho hoje, assim como acordar no meio da madrugada e não dormir mais e, de quebra, ter perdido o mais sincero amor foi irresponsabilidade minha também. E não, não é o jogo do 'sou vitiminha da história, vejam minhas lamentações'. Tanto não o é que, sabe aquele clichê do 'tem tanta gente numa situação pior que a sua'? Pois é, eu sei e concordo plenamente. Mas esse lance de se perdoar é bem mais complicado do que imaginava. Ainda bem que eu nunca precisei perdoar meu pai por nada, já que hoje eu olho pra trás e vejo que ele foi muito mais homem que eu, muito menos falho do que eu, e eu não teria moral nenhuma pra julgar as atitudes e decisões que ele tomou ao longo da vida. Amo meu pai, tenho um orgulho enorme dele e queria que minha filha sentisse isso um dia por mim também. Dá tempo? Dá. Mas me sinto totalmente despreparado e incapaz pra esse papel hoje. E afirmo isso porque, nesse caso, o papel em questão exige o meu próprio perdão e o meu amor próprio, coisas que se perderam em alguma curva fora do eixo lá atrás. Pai, me ensina?

| ao som de 'inverso ano luz' - André Prando, faixa 01 do álbum 'Estranho Sutil' |  

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

preciso lembrar...

essa música ficou martelando na minha cabeça o final de semana todo; fiz dela uma espécie de mantra, algo que me sirva como um tapa na cara pra tentar encarar a realidade lá fora, mesmo que esse 'lá fora' seja longe e arriscado. Letra e música de Roberto e Erasmo Carlos, mas palmas para essa versão do Ira! (ainda nos tempos da formação clássica).


domingo, 5 de fevereiro de 2017

eu grito em português...

trabalho em uma revista, ainda, e nela tem uma página onde é traçado o perfil de um convidado(a) e rola aquela espécie de 'ping-pong', meio que Marília Gabriela: uma viajem inesquecível, um livro que mudou sua vida, um sonho de consumo não realizado e etc. essas coisas e tal. Mas uma das perguntas que sempre me intriga é a seguinte: 'com quem você gostaria de conversar por horas e horas?' Bem, eu sou fiel aos meus ídolos, mas levando em conta que esse é o tipo de pergunta que não permite uma tríplice resposta, eu pediria licença a Renato Russo e Chico Science e, hoje, responderia na lata: Belchior. Não que as angústia do Sr. Manfredini, ou a inquietude e agitação de Chico não me interessem mais, longe disso, mas o fato é que de uns tempos pra cá venho dialogando mais com Bel (me sinto íntimo para tal), procurando compreender que eu não posso cantar como convém, admitindo que esses casos de dinheiro e de família eu talvez nunca vá entender bem, tentando criar coragem pra arriscar tudo de novo com paixão, mas no fim das contas concordando com ele que ao vivo é tudo muito pior. Por vezes eu até já pensei em fugir de casa também, sumir, que nem ele fez, mas aí entra a parte que eu lembro que moro sozinho. Tá bom, foi um pouco dramático isso, é que sempre é dia de ironia no meu coração...

| ao som de 'não leve flores' - Belchior, faixa 07 do álbum 'Alucinação' |

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

em Brasília são 17hs...

final da tarde de sexta, ouço a tia da cantina aqui do trabalho baixando a grade, encerrando o expediente dela. Isso significa que daqui a pouco eu também vou já pra casa. Algumas pessoas pelos corredores já respiram aquele ar de 'ufa, chegou o final de semana; e aí, qual a boa?' Eu não sei até que ponto fico aliviado ou depressivo em ir pra casa. Sei de cor e salteado a programação na TV de sábado e domingo, e nem preciso me esforçar muito pra dizer que é uma merda. Bem, ao menos a Amy eu acho que deve ficar um pouco mais feliz, porque ela não dá de cara com a porta fechada o dia todo, e aqui acolá vou na porta da cozinha e faço um afago nela. O problema é que a Amy não bebe cerveja. A Amy não deve estar muito interessada também na nova banda que eu descobri, assim como ela não vai passar a mão na minha cabeça, muito menos rir de uma besteira qualquer comigo, ou fazer o almoço de domingo. Mas é isso, bora lá. Que me aguarde Esporte Espetacular & CIA.  

| ao som de 'já não basta' - Thiago e os Quase Quinze, faixa 06 do álbum 'Thiago e os Quase Quinze' |

e se...

se eu plantasse um pé de 'se', nasceria um de 'quase'? Impressão de que tenho as sementes nas mãos, mas o que me causa medo e certa estranheza é o terreno...

| ao som de 'a lista' - Oswaldo Montenegro, faixa 13 do álbum 'Quebra-cabeça Elétrico' |

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

o dia em que a Nação Zumbi e Gilberto Gil me fizeram chorar...

quarta feira é o dia que vou pro meu futebol. Ontem assim o fiz, joguei, bebi com meus amigos (sim, amigos, e não colegas, dois pra ser mais exato), e depois fui pra casa. Ao chegar, liguei a TV e dei de cara com uma matéria falando sobre a volta do Gilberto Gil aos palcos, reeditando uma parceria de tempos atrás com a Nação Zumbi. A matéria foi passando e logo os olhos foram enchendo. Pensei: 'porra, a Nação Zumbi!' Quem me conhece deve entender o tamanho do significado que essa banda me traz. Carrego, inclusive, comigo registrado no braço Chico Science e uma frase, título de uma música deles chamada 'toda surdez será castigada'. O fato é que eu queria falar, eu queria comentar com alguém, gritar! 'Ei, viu a matéria?' Os meus últimos 3 carnavais foram em Recife/Olinda, e eles foram marcados, entre tantas coisas, por risos, bebidas, noites viradas em aeroportos, pegar uma Kombi na madrugada, subidas e descidas de ladeiras, shows da Nação, Lenine, Otto, Eddie, Liniker, Alceu Valença e tantos outros... Mas, acima de tudo, foi marcado pelas melhores companhias, as companhias que eu queria comentar sobre aquela tal matéria do jornal de ontem. Não deu. Curiosamente, ontem foi o dia que eu passeei também pelas palavras de uma amiga, onde ela dizia, entre outras coisas, que '(...) no final de tudo, o que deu raiva, medo, alegria, incômodo, faz parte da profunda intimidade que você conquistou pelo convívio.' E, por hoje morar só, eu venho tentando conviver bem ao menos comigo mesmo, já faz um tempo que me esforço pra isso, mas pequenos acontecimentos como o de ontem, uma matéria na TV, ou uma música que toca na hora errada, alguém que senta ao seu lado com um perfume que imediatamente lhe traz lembranças, ou a propaganda que anuncia aquele produto que vocês pensavam em comprar juntos, essas pequenas coisas me desmontam, e eu me sinto voltando novamente pra estaca zero. É como diz a letra, 'na zuada, o silêncio gira...'

| ao som de 'toda surdez será castigada'  -  Nação Zumbi, faixa 09 do álbum 'Fome de Tudo' |

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

pra não dizer que não falei das flores...

quando eu escrevo 'de mim para mim mesmo', como eu disse que é a finalidade dessa humilde página, uma das intenções é que lá na frente - espero eu que em um futuro não muito distante - eu possa olhar pras trás e ver que superei minhas dores e lamentações, que ainda são latentes aqui. Enfim, pra não dizer que fiquei apenas me reclamando pelos cantos/posts, eu queria registrar: depois da 'TV Pirata' e do 'Casseta & Planeta', o 'Tá no ar: a TV na TV' é a melhor coisa que apareceu em nível de comédia na nossa televisão. E foda-se aquela discussão babaca se é um humor inteligente, politicamente correto ou não. Faz rir, e isso basta. Ponto. E pasme Airlon do futuro, ontem ao assistir ao 'gugugle liberato', apenas pra citar um exemplo, eu ri. A nível de comediantes, individualmente falando, pra mim Costinha e Chico Anysio continuam sendo incomparáveis, mas eu, que sempre paguei pau mesmo pro Marcelo Adnet, apenas reforço minha teoria e admiração pelo cara. Ontem eu ouvi o som da minha risada no meu quarto, e olha, fazia tempo...