sexta-feira, 31 de março de 2017

o que era Fetros, o que era talismã...

um banco - ou um cajón -, um violão, ir pra cozinha tentar fazer nachos, tomar uma dose, pés descalços, ouvir, fechar a conta, sorrir... Descobrir uma nova ilha qualquer já foi bem mais divertido com vocês por perto. Kaká, Ciba, Rá!, Srta. Claudino, mãe da Terra e mulher do Mickey, menina do mar: sinto muito e sinto falta, mesmo. Não sei nem explicar ao certo por que essa música me fez relembrar/viver tanta coisa, apenas fez...

quinta-feira, 30 de março de 2017

jobiniando...

as águas de março vão, enfim, levando. Trinta do/e três. Mais um pouco sozinho, fim do caminho. Algo assim o maestro falou, não necessariamente nessa ordem. Queira ou não queira...

| ao som de 'fanatismo' - Fagner, faixa 01 do álbum 'Traduzir-se' |

terça-feira, 28 de março de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas [ 6 ] ...

1 - ontem foi aniversário do Sr. Manfredini e eu nem disse nada; ando vivendo, mesmo, em outra estação;
2 - restam 16 cápsulas do Patz (sim, contei), depois disso não sei como vai ser; após o fracasso do Seakalm, acho que vai ser hora de testar a Maracugina;
3 - sair quase às 23hs, debaixo de uma leve chuva, pra ir na tia da avenida comprar arrumadinho; coisas de quem tá no limite com o Club Social;
4 - terça-feira, dia de ir ao templo, dia de respirar um pouco mais fundo e mais calmamente, pelo menos a noite;  
5 - naquele outro dia eu tinha misturado todos os remédios com muita cerveja, eu juro; desculpa. 

| ao som de 'barcarola do São Francisco' - Geraldo Azevedo, faixa 02 do álbum 'Raízes e Frutos' |

segunda-feira, 27 de março de 2017

além do verde, anil e amarelo...

entre coisas que ouvi, gostei e não gostei, ou apenas nem ouvi. Apenas coisas. Apenas títulos de álbuns, verdades...

'O Mesmo Mar que Nega a Terra Cede à sua Calma' - Bruna Mendez

'Se a Canção Mudasse Tudo' - Manuela Rodrigues

'O meu Nome é Qualquer um' - César Lacerda e Rômulo Fróes

'Quando Não Houver mais Rimas a Fazer' - Demodê

'Enquanto o Futuro Não Vem' - Quasar

'Arranjos do que Sobrou Depois do Surto' - Pedras

'Com a Certeza de Quem Não Sabe Nada' - Baia

'Nada sem Ela' - Academia da Berlinda

| ao som de 'Dorival' - Academia da Berlinda, faixa 05 do álbum 'Nada sem Ela' |

sábado, 25 de março de 2017

Tryptanol 25...

sábado. Vazio, e as únicas vozes são as que ficam ecoando dentro da minha cabeça. Mal nenhum, a não ser a mim mesmo, né Cássia? André Prando e Belchior também gritam e me entendem. 5 de 600ml já não bastam. O violão também desistiu de mim. Parece que vai chover...

| ao som de 'a maré nenhuma' - Nuda, faixa 01 do álbum 'A Maré Nenhuma' |

quarta-feira, 22 de março de 2017

valendo o dobro da pontuação, 7 notas maestro...

certa vez Marisa Monte já disse que o mundo é uma escola e a vida é o circo. Concordo, assino embaixo. A questão que tento entender hoje é a seguinte: depois que o tal mundo faz você aprender, nem que seja na base da porrada (leia-se 'dor'), e que você passa então a dimensionar melhor e mais claramente uma série de coisas e significados, depois que acontece tudo isso, onde você coloca em prática os aprendizados se a essas alturas você já perdeu tudo que te importava?

| ao som de 'birras' - Validuaté, faixa 10 do álbum 'Alegria Girar' |

terça-feira, 21 de março de 2017

Jornal da Bad [ ou ] Boechat, we can!

assim que eu acordo, no meio daquelas vezes em que consigo dormir, eu ligo a TV. E ligo pra, além de ter uma companhia sonora enquanto banho e me arrumo pra ir ao trabalho, ouvir os comentários do Ricardo Boechat, dentro do Café com Jornal, que passa na Band. O Boechat pra mim é gênio! Era o cara que eu queria ver na presidência do Brasil um dia, sem mais. Mas ele é inteligente, então nunca nem se meteria nesse meio político escroto (parênteses dentro do parênteses: ele taca o 'foda-se' pra aquilo de que jornalista tem que ser imparcial; ele expressa o que sente e o que pensa no ar mesmo, não tá nem aí. Fecha parênteses). Daí a noite, quando retorno pra minha casa, o único telejornal que faço questão de assistir é o Jornal da Band, por sua vez apresentado por quem? Pois é. Terminado o programa, geralmente vem a pior parte do dia, que é aquela em que eu tenho que inventar um pretexto pra não cair no Patz, e essa fase eu já denominei carinhosamente de 'Jornal da Bad'. Via de regra a busca da solução passa por conversar com a Amy, ver alguma bobagem no computador ou tocar violão, tudo isso com o som ligado ao fundo, afinal, a casa precisa de zuada. No fim das contas o ciclo de mais um dia se fecha, ou pelo menos tenta, no quarto, já com a TV desligada no canal 12. A diferença do Jornal da Bad e o Jornal da Band é que o meu é de segunda a segunda, apresentado única e exclusivamente por mim, sem direito a trocas na bancada. Legal mesmo deve ser a doce Veruska...

| ao som de 'o orgulho e o perdão' - O Terno, faixa 08 do álbum 'Melhor do que Parece' |

segunda-feira, 20 de março de 2017

cartas que nunca vão chegar...

o que eu tenho em Teresina são duas amizades, e isso é tudo que consegui construir ao longo de 33 anos. O Rafael, uma dessas duas, me chamou pra sair na sexta passada, ele ia assistir a um show, em um bar, de abertura do novo projeto do Humberto Gessinger. Eu não fui, não pelo show em si, mas por conta do meu bloqueio e etc., etc. e tal. O fato é que eu pensei em questionar o Rafael, e já até fiz isso outras vezes, meio que dizendo, querendo explicar pra ele que o mundo da música é maior que ficar bitolado em um cara só, de um artista que, queira ou não queira, tem uma linha de composição que você saca só de ouvir os arranjos, por exemplo. Isso nem é uma crítica ao Humberto em si, longe disso, admiro demais o trabalho dele e nem teria bagagem para tal. Minha vontade era apenas de dizer pro meu amigo se permitir outros sons, ouvir coisas novas, ir atrás de algo que fugisse do lugar comum. Mas aí eu fiz uma coisa incrível: parei e pensei. É, parei e pensei, pasme. Me questionei: 'quem diabos sou eu, nessa merda de vida que ando levando, pra dizer ou pedir pra alguém se permitir algo novo?' Não mesmo garoto Airlon, não mesmo. Você não tem moral nenhuma pra isso. Segue aí ouvindo o Gessinger mesmo, Rafael...

| ao som de 'dentro' - Bruno Souto, faixa 02 do álbum 'Estado de Nuvem' |  

sexta-feira, 17 de março de 2017

Santo Libre...

Frejat desejando que, se for pra ser triste, que seja apenas por 1 dia, e não por 1 ano. Já faz quase uma gestação que não atendo Frejat...

| ao som de 'amor pra recomeçar'- Frejat, faixa 03 do álbum 'Amor pra Recomeçar' |

em uma esquina qualquer...

- dente
- álcool
- remédios
- embora
- punhos
- areia
- ração
- tinta
- celular
- canções
- sentido
- motivos
- ampulheta
- cordas
- filosofia
- rimas
- fones
- insistência
- verso
- janela
- impaciência
- mistura
- ausência
- reticências

| ao som de 'pedras e sonhos' - El Efecto, faixa 02 do álbum 'A Cantiga é uma Arma' |

quinta-feira, 16 de março de 2017

é uma letra seríssima né Sr. Manfredini?

'(...) e ele bebe em casa, agora mais a noite com a TV
e todas as luzes da casa acesas
eu vou soprar esta droga de vela
eu não quero mais ninguém à minha mesa
eu não tenho nada para conversar com ninguém
todos os bons sonhadores deixam isso passar um dia
escondendo atrás de garrafas em cafés escuros
cafés escuros...'

quarta-feira, 15 de março de 2017

elos das correntes...

ontem voltei ao templo espírita. Coincidentemente, ou não, a leitura do evangelho tratava sobre o quão forte é a sua fé. E já fazia uns dias que vinha me questionando isso: por que eu, que venho de uma família tão religiosa, não consigo me apoiar nessa força maior? Por que eu não consigo elevar minha espiritualidade a tal ponto de fazer disso um suporte pra encarar a vida lá fora? O templo me acalma, me traz uma paz momentânea, mesmo eu tendo tido uma crise de choro daquelas assim que cheguei lá e fiquei naquele silêncio ensurdecedor, fazendo minhas preces e considerações. Mas parece que a carga é pouca e não dura muito. Aí entra a parte que eu deveria, sim, rezar mais, ter fé mesmo, agradecer pela cama, por pagar as contas, pelos meus pais, pela saúde (ainda que essa não ande 'mentalmente bem das pernas') e etc. Mas pra eu fraquejar é daqui pra ali. E é muito fácil quando o 'ali' em questão é bastar olhar pro lado vazio da cama.

| ao som de 'abre alas' - Vivian Benford, faixa 01 do álbum 'Scream & Yell - Faixa Seis' |

terça-feira, 14 de março de 2017

quanto de vida cabe em 1 dia?

não tem nada e não tem ninguém. A geladeira anda refletindo o descaso. O ato de vir aqui escrever pra desabafar, pela primeira vez, acusa um cansaço: me sinto (e de fato o é) girando em círculos, em torno das mesmas lamentações. Sem respostas de São Luís, sem saber que outro mercado ir atrás; parece uma briga contra o tempo. Ah, o tempo... tantos já escreveram sobre ele. Esse 'tambor de todos os ritmos' anda descompassado da batida da minha vida, faz tempo. Tempo perdido.

| ao som de 'oração ao tempo' - Caetano Veloso, faixa 02 do álbum 'Cinema Transcendental' |

segunda-feira, 13 de março de 2017

diálogos de Ego, Superego e Id, o Ota...

músicas fazem mais ou menos sentido dependendo da veia que lhe pegam. Algumas têm me perfurado bastante e certeiramente. Alô, cadê o botão de apertar pra pular março? E abril? E maio, junho, julho... Não dá pra beber todo dia, voltemos ao Patz então depois de mais de uma semana limpo, acho que tempo recorde. Hoje a vida levantou a cabeça, olhou pra mim, parou e pensou: 'ah Airlon, dá pra foder mais, aumenta essa porra aí que tá pouco!' Segunda-feira, 13.

| ao som de 'errare humano est'  -  Seu Jorge e Almaz, faixa 01 do álbum 'Seu Jorge e Almaz' |

quinta-feira, 9 de março de 2017

la remontada...

existe um jargão no futebol, criado não sei por quem, que diz o seguinte: 'não é apenas um jogo'. Eu sempre fui fanático por futebol e pelo São Paulo por tabela, clube que escolhi (ou ele que me escolheu?) para ser fiel seguidor. Duas das maiores emoções que vivi, não à toa, foram as oportunidades que tive de poder assistir, pela TV, o meu time ser campeão mundial em 2005 e o dia que assisti, pessoalmente, um jogo do São Paulo no Morumbi, isso em 2010. Bem, de uns tempos pra cá, com tudo que vem acontecendo, até o que era impensável aconteceu: perdi o tesão que sentia por futebol, pelo São Paulo em especial, e isso inclui também o prazer em jogar, algo que praticava com uma certa frequência. Mas ontem tinha um jogo que, por algum motivo, me chamava atenção já fazia uns dias, me criou uma certa expectativa pela quase impossibilidade do improvável poder acontecer. Era jogo da Liga dos Campeões, Barcelona X Paris Saint Germain, e o Barcelona havia perdido o jogo de ida por 4 X 0 e tinha que reverter esse placar, uma tarefa quase absurda, mesmo agora jogando em casa. Não me cabe aqui, e eu nem conseguiria, explicar com palavras o que aconteceu ao certo ontem no Camp Nou. O fato é que aconteceu! Chega a ser curioso porque, no fim das contas, aquilo tudo que eu assisti deu um certo gás pra acreditar naquela impossibilidade do improvável, como já disse antes, mesmo sabendo que trazendo esse exemplo pra fora das 4 linhas tudo ganha outro contexto, outro significado. É, futebol não é apenas um jogo, é bem mais, é bem maior que isso, mas a vida também é. Pelo menos deve ser.

| ao som de 'blues hand me down' - Vintage Trouble, faixa 01 do álbum 'The Bomb Shelter Sessions' |  

quarta-feira, 8 de março de 2017

hoje é dia de MarIas...

oito de março, Dia Internacional da Mulher. E parando pra pensar bem, as duas únicas mulheres que norteiam minha vida hoje são 2 Marias: minha mãe e minha filha carregam esse nome que, de tão perfeito, leva o 'mar' consigo. Maria Elianira e Maria Manuela. Falta então uma mulher, que daria sentido a tudo mais, mas ela nem se chama assim. Agora sabe o engraçado disso? Se eu chamar pelo mar, logo o mar que ela tanto ama, antes do nome dela, fica tudo bem. Não é mesmo, Mar-Ia?

| ao som de 'fala'  -  Ritchie, faixa 13 do álbum 'Tributo aos Secos & Molhados - Assim Assado' |

terça-feira, 7 de março de 2017

notas sobre mim e sobre as coisas [ 5 ] ...

1 - quase fechei uma semana sem celular, mas voltei a um provisório pelos motivos já anteriormente citados de busca de emprego e venda do carro;
2 - ontem até fui a dois shoppings tentar comprar um pra mim, mas bateu aquele pânico de novo, aquela sensação de todo mundo me olhando, julgando, culpando e o medo de encontrar alguém conhecido;
3 - ainda sobre ontem, consegui dormir sem o remédio de novo. Teoricamente um avanço, mas o que não muda em absolutamente nada meus planos;
4 - 'saudade' tem sido palavra/sentimento recorrente no meu dia-a-dia, até nos sonhos, e isso é o pior porque lá ela foge do meu controle;
5 - de que adianta descobrir um novo cantor, uma nova banda se não tem ninguém que eu possa conversar sobre isso?

| ao som de 'samba de amor' - Wado, faixa 08 do álbum 'Ivete' |

segunda-feira, 6 de março de 2017

o mar em torno do mar...

sexta-feira, almoçando no trabalho:
- ei Airlon, tô indo pra Luís Correia agora de madrugada, bora?
Daí, entre eu responder e estar com os pés na areia foram menos de 24 horas. Sem planejamento, sem nem poder fazer essa extravagância menos de 3 semanas depois de fazer um bate-volta sozinho em Barra Grande, mas lá fui eu. É claro que o mar tem aquele poder de trazer uma paz que eu não encontro em nenhum outro canto (principalmente se esse 'canto' for na minha casa), é claro também que conhecer gente nova é legal, beber também é e etc. Mas é foda porque, inevitavelmente, eu fico comparando tudo o tempo todo. E eu sempre preferia como era antes; as companhias, o som que tocava no carro, as bobagens ditas, ela pra sentar ao meu lado... E olha que nessa 'viajem' agora foi tudo muito bom, mas esse meu parâmetro do que era bom na verdade é muito alto levando em conta tudo que eu tinha antes. E perdi. Dá saudade até da risada de algumas pessoas, da certa grosseria de outras. Volto pra Teresina no final da noite de domingo, entrando na cidade acompanhado de uma chuva que deixa o ar mais melancólico ainda, tal qual entrar em casa de novo. Nem fui falar com a Amy, desarrumei minha pouca bagagem, banhei e fui deitar, pra tentar dormir aproveitando o relativo cansaço e assim não precisar do remédio. E deito com aquela mesma convicção de quando voltei de BG, que aqui não me cabe mais, tenho medo do que posso ver/encontrar em Teresina e disso me desestabilizar de vez. Eu tento pensar no barulho do mar e naquela paz que ele me traz, mas agora é somente o barulho do ar condicionado. Ah, dessa vez teve 'registro' de que eu fui; foto da Roberta Aline, a garota do convite inesperado.
| ao som de 'timoneiro' - Paulinho da Viola, faixa 01 do álbum 'Paulinho da Viola - Acústico MTV' |

sexta-feira, 3 de março de 2017

para brincar na gangorra, dois...

o lado vazio da cama + o lado vazio do peito formam um completo idiota. Pode até soar como poema, ou como piegas. Nem é.

| ao som de 'diariamente' - Marisa Monte, faixa 09 do álbum 'Mais' |

quinta-feira, 2 de março de 2017

pretérito imperfeito...

o tipo de vídeo que promove um acalanto, ainda que momentâneo, na minha alma. Mas pensar no futuro e não esquecer do passado... como Sr. Paulinho, como?

quarta-feira, 1 de março de 2017

what?

e lá se vão mais de 24 horas sem celular; não fosse a vontade/necessidade tanto de vender o carro como a esperança por receber uma proposta de emprego, viveria fácil sem ele...

| ao som de 'rock and roll' - Ana Cañas, faixa 11 do álbum 'Volta' |